Autor(es): João Pedro Bandeira da Silva
Orientador: Tania Maria Cemin
Quantidade de visulizações: 193
O presente trabalho tem por objetivo a apresentação e análise quantitativa de informações frente a sintomas depressivos e suas formas de tratamento, em um serviço de saúde mental do município de Caxias do Sul - RS, durante a pandemia de COVID-19. Por meio da análise de dados compilados pelos projetos de pesquisa INOVAPSI-3 e INOVAPSI-4, a partir da coleta de informações descritas em prontuários físicos e eletrônicos no Serviço de Psicologia Aplicada (SEPA-UCS). Para tanto, os critérios de inclusão dos prontuários foram a presença de “sofrimento pandêmico” nas queixas dos pacientes, e o recorte temporal entre Março de 2020 e Junho de 2021, caracterizado pela Pandemia global de COVID-19. Ademais, o tema se mostra relevante, visto que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) cerca de 5% dos adultos sofrem de depressão, e aproximadamente 280 milhões de pessoas são acometidas pelo transtorno especificado (OMS, 2023). Em vista disso, inicia-se resgatando a definição de Transtorno Depressivo Maior, apresentada no Manual Diagnóstico Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), o qual caracteriza o transtorno supracitado como condição clássica para o grupo que abrange, entre seus sintomas, o humor deprimido, junto de alterações no sono, na disposição e no interesse em atividades, afetando o sujeito de forma significativa durante episódios de determinado período de tempo, causando-lhe sofrimento (APA, 2014). Consoante ao exposto, por meio de pesquisa sistemática em bases de dados, constatou-se a prevalência do uso de fluoxetina no tratamento de sintomas depressivos em diversos estudos. Citam-se aqui três artigos considerados relevantes, a pesquisa de Andrade et al. (2018), que aponta o fármaco como medicamento mais frequente entre os antidepressivos de uma farmácia pública de Juazeiro do Norte - CE, a pesquisa de Pereira et al. (2019), que cita a fluoxetina como antidepressivo mais utilizado em um CAPS de Iguatu - CE, e a pesquisa de Damo et al. (2021), que demonstra a fluoxetina como antidepressivo mais utilizado em um CAPSij de Blumenau - SC. Por fim, este trabalho considera que a análise do uso de tratamentos farmacológicos torna-se fundamental, visto que constatou-se por meio da análise dos dados coletados no SEPA-UCS referente ao período pandêmico, que entre 151 pacientes, 62,9% (
n = 95) referem sintomas depressivos, 68,2% (
n = 103) referem fazer o uso de psicofármacos, e 32,5% (
n = 49) referem fazer uso de fluoxetina.
Palavras-chave: Depressão, Fluoxetina, COVID-19