Estratégias de enfrentamento e a depressão em profissionais de segurança pública
Autor(es): Eder Leonardo de Vitte Horn
Orientador: Silvana Regina Ampessan Marcon
Quantidade de visulizações: 107
A literatura sobre a temática das estratégias de enfrentamento apresenta classificações e definições distintas. De maneira geral, as estratégias de enfrentamento podem ser entendidas como a maneira que o indivíduo reage a uma situação específica em seu ambiente, e englobam os esforços cognitivos e comportamentais empregados no enfrentamento da situação, podendo ser agrupados em dimensões de controle, esquiva e manejo. Na dimensão de controle há a presença de reavaliação cognitiva e ações proativas voltadas para o enfrentamento do evento estressor, enquanto que na esquiva também há ações e reavaliação cognitiva, mas visando a fuga ou evitação do estímulo aversivo. Já o manejo engloba estratégias voltadas para o enfrentamento dos sintomas causados pelo ambiente. O uso dessas estratégias podem estar relacionadas a melhora ou a piora no quadro de alguns transtornos mentais, como é o caso da depressão. A Organização Mundial da Saúde (OMS, 2017) define a depressão como um transtorno mental de ordem incapacitante, e apresenta que mais de 300 milhões de pessoas apresentam esse transtorno. A partir do exposto, o objetivo deste estudo é analisar a relação existente entre as estratégias de enfrentamento e a depressão em profissionais de segurança pública do estado do Rio Grande do Sul. A metodologia empregada é quantitativa, e contou com a aplicação de 5 escalas disponibilizadas via formulário do Google Forms, aplicados no período de setembro e outubro de 2023, com um total de 645 participantes. No presente estudo, foram escolhidas para análise a Escala de
Coping Ocupacional (ECO), que mede as estratégias de enfrentamento e o Inventário de Depressão Maior (MDI), que mede os níveis de depressão. Os resultados obtidos demonstram que, no âmbito das estratégias de enfrentamento, a estratégia mais utilizada pelos profissionais da amostra foi a de “controle”. Referente a depressão, 7,6% dos respondentes apresentam níveis de depressão severa e 26,8% apresentam níveis de depressão maior. A partir do exposto, a relação encontrada indica que a estratégia de “controle” e “manejo” podem atenuar os sintomas da depressão.
Palavras-chave: Enfrentamento , Depressão , Profissionais de Segurança de Pública