Representações de gênero no conto “Quando fui uma bruxa”, de Charlotte Perkins Gilman.
Autor(es): Daiane Bernardi
Orientador: Cristina Loff Knapp
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O objetivo deste trabalho é analisar o conto “Quando fui uma bruxa” (1910), da escritora estadunidense Charlotte Perkins Gilman, a qual foi uma grande ativista dos direitos feministas do século XIX. Porém, ela não obteve o devido reconhecimento de suas publicações, visto que suas obras só alcançaram determinado sucesso durante a segunda onda feminista dos Estados Unidos, entre os anos de 1960 e 1980. Na análise, diversos aspectos serão levados em consideração, tais como: a manifestação do insólito na referida obra, os aspectos mitológicos e imaginários que se revelam intrínsecos à figura tradicional da bruxa e, obviamente, a questão da condição feminina que é representada na narrativa, bem como os aspectos históricos que o tema bruxaria evocam. Além disso, propôs-se discutir brevemente, a submissão da mulher às figuras masculinas, bem como o subversivo papel que as bruxas desempenham no que diz respeito à não-aceitação de um lugar subalternizado na sociedade. A metodologia utilizada é de caráter bibliográfico ancorada nos estudos de gênero com os seguintes teóricos: Jaqueline Pitanguy, Branca Moreira Alves, em relação ao insólito: Filipe Furtado, Flávio Garcia e ainda, sobre as questões da constituição de bruxa: Paola Basso Menna Barreto Gomes Zordan e Charles Mackay. Dessa forma, o presente estudo contribui para trazer à tona uma escritora pouco conhecida pela sua contística, além de discutir sobre o papel da mulher na sociedade do século XIX.
Palavras-chave: Gênero , Bruxa , Charlotte Perkins Gilman