Autor(es): Gisele Troian Guerra
Orientador: Cristina Loff Knapp
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A literatura contemporânea é capaz de abordar, por meio da produção de narrativas, temas que denunciam a condição feminina, como a violência contra o sexo feminino, a qual ainda é recorrente na sociedade contemporânea, visto que muitas mulheres sofrem com uma vida de humilhações e restrições. Nesse sentido, torna-se relevante mencionar a escritora Jarid Arraes que, por meio da obra
Redemoinho em dia quente (2019), elaborou o conto “Gesso”, que retrata magistralmente a temática da violência contra a mulher. A saber, o conto narra a história de Doralice, uma mulher que se envolve em um namoro violento com Sérgio, o qual exerce a violência a partir de xingamentos verbais e execuções físicas. Portanto, o objetivo desse trabalho é analisar as temáticas mais pertinentes a respeito dessa narrativa, como a naturalização da opressão e violência contra à mulher e o desvendamento da aparição do sentimento de medo. Nesse sentido, esse estudo se ancora nos escritos do artigo “Amor violento: uma análise do conto ‘Gesso’, de Jarid Arraes”, publicado por Cristina Loff Knapp e Gisele Troian Guerra, na Revista Entre Parênteses (UNIFAL-MG), desse modo, todo o conteúdo de análise está relacionado diretamente a essa produção intelectual. Ademais, o trabalho em questão é de caráter bibliográfico e ancorado nos estudos de gênero e da teoria do medo, para tanto, serão utilizados os seguintes autores: Alves e Pitanguy (1985), Scott (1989), Saffioti (1999), Butler (2017, 2018, 2022), hooks (2019a, 2019b), e Delumeau (1989) e Bauman (2008), respectivamente. À vista disso, o problema estudado resulta na representação da condição feminina contemporânea através da personagem Doralice, a qual, por meio da transição que vivencia na narrativa, consegue se libertar da violência que vinha sofrendo, com a ajuda da Virgem Maria. Com base nisso, é possível concluir que o conto “Gesso” assinala um problema social recorrente na sociedade: a dominação patriarcal.
Palavras-chave: Violência, Mulher, Crítica feminista