Autor(es): Bruna Perini Novaes , Vanessa de Lima Borges; Francielle de Lima,
Orientador: Luciane Todeschini Ferreira
Quantidade de visulizações: 169
Este trabalho alinha-se à pesquisa-mãe “Turismo essencialmente pedagógico, cidades educadoras e hospitalidade: um percurso metodológico de (re)formulação de políticas públicas de turismo com vistas ao desenvolvimento humano e social” (TEPHCE) e ao grupo de Hospitalidade, da Universidade de Caxias do Sul (Hospitur). Objetiva relacionar as experiências destacadas pela Associação Internacional de Cidades Educadoras (AICE) na América do Sul a construto teórico de hospitalidade, entendida como espaço relacional entre os envolvidos (de forma singular ou coletiva), em que ocorrem trocas psicoafetivas, assinalando a dimensão humana da relação e as demandas por crescimento e aprendizagem (Santos; Perazzolo; Pereira, 2014). Na perspectiva coletiva, assume-se teórica e metodologicamente o modelo do Corpo Coletivo Acolhedor (CCA), que é constituído por, pelo menos, três vértices: a) trocas/serviços, b) conhecimento/cultura e c) organismo gestor (Perazzolo; Santos; Pereira, 2014). A pesquisa, de natureza predominante qualitativa, identificou as 14 experiências da América do Sul destacadas no Banco de Experiências da AICE e, a partir da análise de conteúdo (Bardin, 2011) e da interpretação hermenêutica, buscou-se aproximações com os construtos teóricos assumidos. Como resultados, tem-se que as experiências selecionadas apontam para a busca por espaços relacionais, acessíveis a todos, em que as cidades acolhem o Outro. Mais especificamente, n
o vértice da gestão, destaca-se a inclusão de munícipes nos processos de criação e execução de projetos e na busca pela transparência de dados governamentais.
No vértice da cultura, há experiências que apontam para o conhecimento de espaços da própria cidade (museus, cemitérios e parques). No
vértice dos serviços, têm-se a oferta de parques cuidados; oferta de produtos produzidos por pessoas deficientes; aulas ministradas por pessoas mais velhas e oferta de serviços em hospitais veterinários. O que se observa, nas 14 ações, é que, embora as experiências não nomeiem explicitamente a hospitalidade, voltam-se para ela, ao oferecerem espaços de convivência, de aproximação e inclusão. Nesse sentido, conversam com a hospitalidade, acolhendo tanto aquele que nela habita, como aquele que entra no espaço como um turista ou visitante. Não há distinção quando a hospitalidade é para todos.
Palavras-chave: Hospitalidade, Cidades Educadoras, Experiências Destacadas, Inclusão