Indicadores de impactos decorrentes de eventos hidrológicos em municípios turísticos da Região Sul do Brasil

Autor(es): Helena Wartha Bolzon
Orientador: Suzana Maria De Conto
Quantidade de visulizações: 160

Indicadores de impactos decorrentes de eventos hidrológicos em municípios turísticos da Re
Os eventos climáticos extremos podem determinar impactos significativos no turismo, influindo na economia e na cultura dos municípios turísticos. Assim, é importante a realização de estudos sobre drenagem e manejo das águas pluviais em áreas de interesse turístico. O estudo, de caráter exploratório e descritivo, com abordagem qualitativa, tem como objetivo analisar  indicadores de gestão de risco, associados a eventos hidrológicos, de municípios turísticos da Região Sul do Brasil.  Na coleta de dados, realizada em maio de 2025, utilizaram-se o Mapa do Turismo Brasileiro do Ministério do Turismo (Brasil, 2025) e a Plataforma do Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (Sinisa) do Ministério das Cidades (Brasil, 2025). No Mapa do Turismo foram identificados os municípios, categorizados como turísticos, da Região Sul. Já no Sinisa, foram escolhidos três indicadores no eixo de drenagem e manejo das águas pluviais, ano base 2023: óbitos, número de pessoas realocadas e número de pessoas impactadas. Os municípios turísticos são assim distribuídos: Paraná (18), Rio Grande do Sul (27) e Santa Catarina (28). Os resultados evidenciam diferenças regionais quanto aos impactos hidrológicos. No Paraná, Prudentópolis apresentou a maior taxa de pessoas realocadas (139/100 mil habitantes), São José dos Pinhais teve o maior número de pessoas impactadas (215). Não foram registrados óbitos relacionados a fenômenos climáticos no estado. Em Santa Catarina, Laguna apresentou a maior taxa de óbitos (3/100 mil habitantes), Gaspar teve o maior índice de realocação (336/100 mil habitantes) e Balneário Camboriú, o maior número de pessoas impactadas (2.150). No Rio Grande do Sul, Ametista do Sul registrou a maior taxa de óbitos (25/100 mil habitantes), Uruguaiana concentrou o maior número de realocados (2.707/100 mil habitantes) e Gravataí o maior número de pessoas impactadas (2.677). Evidencia-se a necessidade de fortalecimento das políticas públicas de prevenção e resposta a desastres, sobretudo nos municípios com maior vulnerabilidade. Planos de gestão de risco se mostram essenciais para garantir a segurança da população local e de visitantes. Para estudos futuros, sugere-se analisar como os eventos climáticos extremos e gestão de risco vem sendo internalizados nos programas de educação ambiental dos municípios turísticos, visando a sensibilização da população local e turística.    

Palavras-chave: municípios turísticos; eventos climáticos extremos; manejo de águas pluviais.