Autor(es): Luísa Stradioto Sartor
Orientador: Luciano da Silva Selistre
Quantidade de visulizações: 252
O processo de carcinogênese em tumores coloretais é um processo complexo e desencadeado por fatores genéticos e epigenéticos e sua relação com o sistema imune. Cerca de 5-10% dos tumores são decorrentes de síndromes hereditárias, com identificação de alterações germinativas. Recentemente, estudos demonstraram que a imunossupressão está relacionada com o processo da oncogênese.
5
Historicamente o prognóstico do câncer de cólon baseava-se exclusivamente nas características clínicas e patológicas. Não obstante com o melhor entendimento da biologia molecular e imunogenicidade dos tumores, outros fatores apresentaram importância no prognóstico e predição para terapia alvo. O receptor de morte celular programada PD-1 (também chamado de checkpoint ou ponto de verificação), descrito pela primeira vez em 1992 é um receptor inibitório que pode ser encontrado em células T, linfócitos B e células natural Killer (NK).
6-7 Em condições fisiológicas normais as células T circulam no organismo com vistas ao reconhecimento de patógenos na superfície das células apresentadoras de antígenos (APCs). Durante a ativação da célula T uma proteína chamada PD-1 é expressa na superfície das células T e através da ligação com uma proteína ligante chamada de PD-L1 (conhecida também como B7-H1 e CD274) ocorre a inibição da proliferação do linfócito, a diminuição da produção das citoquinas, ocasionando uma exaustão dos linfócitos.
8As células tumorais podem aumentar a expressão do PD-L1 em sua superfície, suprimindo a atividade dos linfócitos T e comportando-se como um mecanismo de escape da resposta imune.
9 O PD-L1 é expresso em alguns tipos de tumores, como melanoma, pulmão, rim, glioblastoma, mama, ovário, esôfago, estômago e cólon.
10
A expressão do PD-L1 em células tumorais pode indicar tumores ativamente imunes, que podem responder ao tratamento com inibidores do ponto de verificação (inibidores PD1 e PD-L1), já tendo sido demonstrado em alguns tumores como pulmão e rim. A evidência para o uso de inibidores de PD-L1 em câncer de cólon é menos clara, sendo estabelecido numa pequena parcela da população que apresenta instabilidade de microssatélite (cerca dê 10% dos tumores metastáticos).
11
O prognóstico de alguns tumores também pode estar relacionado com a expressão de PD-L1 em células tumorais. Em melanoma, linfoma não Hodgkin a expressão do PD-L1 está relacionado com mau prognóstico.
12 No que diz respeito ao câncer de cólon, existem poucos estudam que comprovam esta associação, apesar da sua expressão elevada não tem sido amplamente estudada como outras neoplasias, porém a expressão elevada. Liet et al, demonstraram que a expressão de PD-L1 é fator prognóstico reservado para a sobrevida dos pacientes.
13 Outros estudos associam a expressão do PD-L1 com processo de imunodeficiência e, por consequência, piora do prognóstico nos casos de neoplasias de cólon.
14
Este estudo buscará avaliar a associação entre o PD-L1 e o prognóstico dos pacientes com neoplasia de cólon
Palavras-chave: Adenocarcinoma