AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANTIFÚNGICO DE EXTRATOS DE PRÓPOLIS DE ABELHAS SEM FERRÃO APLICADOS EM FUNGOS FITOPATOGÊNICOS (IN VITRO)
Autor(es): Arthur Giordano Bianchi
Orientador: Valdirene Camatti Sartori
Quantidade de visulizações: 140
As abelhas da tribo Meliponini, conhecidas como abelhas nativas sem ferrão (ANSF) produzem um tipo distinto de própolis que vem recebendo cada vez maior atenção. Neste trabalho, está sendo avaliado os extratos da própolis de
Melipona bicolor (guaraipo). O procedimento de extração utilizado foi na proporção de 30 g de própolis para 70 mL de etanol 70% v/v, o extrato hidroalcoólico foi mantido no escuro por 30 dias. Para verificar a atividade antifúngica, foi preparado e autoclavado meio de cultura BDA e adicionado ao meio fundente (55 °C) as concentrações de zero; 1,6 %; 3,2 %; 6,4 % e 12,0 % v/v do extrato da ANSF, com três repetições. A atividade antifúngica foi avaliada sobre o crescimento micelial dos fungos fitopatogênicos
Botryosphaeria spp.,
Colletotrichum gloeosporioides,
Fusarium oxysporum e
Sclerotium rolfsii. O desenvolvimento dos fungos foi determinado pela medição do diâmetro micelial até o décimo quarto dia de inoculação. A maior atividade inibitória, para todos os fungos avaliados, foi na concentração 12% do extrato da própolis de
M. bicolor (guaraipo). O fitopatógeno que sofreu maior atividade inibitória foi
Sclerotium rolfsii, com 100% de inibição na concentração de 12%. Os outros fungos fitopatogênicos
C. gloeosporioides e
Botryosphaeria. spp. também apresentaram crescimento reduzido, com 39,6 mm e 46,6 mm, respectivamente. Esses achados corroboram sobre a importância da própolis de abelhas sem ferrão como uma alternativa promissora para o controle de doenças fúngicas em cultivos agrícolas, oferecendo uma opção sustentável e menos agressiva em comparação aos pesticidas convencionais.
Palavras-chave: atividade biológica, agricultura regenerativa, tecnologia social.