Autor(es): Amanda Poletto Santi , Bianca Tavares Canci, Marina Della Giustina, Fernando Joel Scariot, Marcelo Giovanela, Janaina da Silva Crespo ,
Orientador: Mariana Roesch Ely
Quantidade de visulizações: 225
O câncer colorretal (CCR) ocupa a terceira posição entre os tipos de câncer mais frequentes no Brasil. Alternativas como a nanomedicina e a utilização de produtos naturais, como a própolis, estão sendo cada vez mais estudados para a prevenção e tratamento do câncer. Extratos de própolis vermelha (PV) têm apresentado atividade antitumoral em linhagens celulares, possuindo compostos com potencial terapêutico como isoflavonas, biochanina A, formononetina e daidzeína. Nanopartículas metálicas, como as de ouro (AuNPs), podem ser utilizadas no tratamento de carcinomas por se tratar de um material inerte com elevado potencial medicinal. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a viabilidade celular da linhagem HCT-116 (carcinoma colorretal) tratada com a PV brasileira, utilizando seu extrato bruto (EBPV) e sua fração L (FLPV), além de testes conjugando a FLPV com AuNPs (FLPV@AuNPs). A biossintetização da FLPV com AuNPs foi realizada adicionando uma solução de sal de ouro (HAuCl
4) à FLPV diluída em etanol, em temperatura e agitação otimizados (105 µL/mL). O pH da biossíntese foi ajustado para 7,0 utilizando NaOH 2 mol/L por 20 minutos. As células da linhagem HCT-116 foram cultivadas em meio DMEM suplementado, incubadas a 37°C e 5% de CO
2. Foram realizados tratamentos com EBPV, FLPV e FLPV@AuNPs (0, 25, 50, 75 e 100µL/mL). As células tratadas (8x10
4 cel/mL) foram mantidas em condições de cultivo por 24 h e 72 h. A FLPV apresentou maior atividade citotóxica sobre a HCT-116 em relação ao EBPV. De modo a identificar as células viáveis, em estágios de apoptose inicial, tardia e necrose do tratamento com FLPV, este foi replicado em maior volume (1x10
6 cel/mL; concentrações de 0, 25 e 75µL/mL) e posteriormente analisado por citometria de fluxo. No tratamento com 25 µg/mL de FLPV, a concentração inibitória foi de 57,41%. Em concentrações de 75 µg/mL, obteve-se 79,87 % de morte celular. O tratamento com FLPV@AuNPs indicou citotoxicidade presente no tempo de 72 h, contudo os resultados obtidos com esta amostra indicaram potencial citotoxico inferior quando comparados aos ensaios sem a presença de AuNPs. Neste caso, entende-se que o tempo de exposição ao tratamento de amostras conjugadas com AuNPs influenciam diretamente no tempo de permeabilidade das amostras na membrana celular. A fim de ampliar a compreensão da ação citotóxica da FLPV e da sua ação com AuNPs, testes adicionais são necessários para identificar os mecanismos responsáveis por indução de morte celular.
Palavras-chave: Própolis Vermelha, Citotoxicidade, Câncer Colorretal