DETECÇÃO MOLECULAR DO PARVOVÍRUS SUÍNO TIPO 1 EM AMOSTRAS ORIUNDAS DE MUNICÍPIOS DO RIO GRANDE DO SUL

Autor(es): Nicole Amoêdo Luvison , Rafael Sartori Flores, Kétlin Milena Zardin, Júlia da Silva Ramos, Pedro Augusto Freire de Sá Pontes, Lucas Michel Wolf, Vagner Ricardo Lunge,
Orientador: André Felipe Streck
Quantidade de visulizações: 173

A suinocultura é essencial para a produção de alimentos e empregos, compondo uma cadeia produtiva ampla e tecnificada. No Brasil, a produção de carne suína atingiu 5,305 milhões de toneladas em 2024, posicionando o país como o 4º maior produtor e exportador mundial. Patologias como falhas reprodutivas, cuja infecção é muitas vezes subclínica, dificultam o diagnóstico precoce, prejudicando a produtividade animal. Destaca-se o parvovírus suíno tipo 1 (PPV1) como um importante causador de morte embrionária, natimortos, fetos mumificados, retorno ao estro e infertilidade. Para compreender melhor a epidemiologia deste vírus, o estudo realizou a detecção do PPV1 em 12 municípios do Rio Grande do Sul, contribuindo para o entendimento da sua distribuição e implicações sanitárias. Foram analisadas 123 amostras biológicas de suínos, predominantemente tonsilas, coletadas em frigoríficos e propriedades dos municípios Salvador do Sul, Rodeio Bonito, Relvado, Tupandi, Camargo, Harmonia, Erechim, Pinheirinho do Vale, Santa Tereza, Caxias do Sul, São José do Sul e Ibirubá. As amostras foram submetidas à maceração, extração de DNA por método baseado em sílica e à reação em cadeia da polimerase (PCR) convencional com oligonucleotídeos específicos. A análise por eletroforese em gel de agarose revelou 36 amostras positivas de 8 municípios, indicando uma prevalência geral de 29,3%, e negativaram 87 amostras. Municípios como Salvador do Sul (80%), Rodeio Bonito (66,7%) e Tupandi (45%) apresentaram as maiores taxas de positividade, evidenciando uma elevada circulação do vírus. Já localidades como Santa Tereza, Caxias do Sul e São José do Sul não apresentaram detecção do patógeno. Conclui-se que o PPV1 está distribuído na região, sendo necessária a ampliação da vigilância, a adoção de medidas preventivas de biosseguridade e inclusão de técnicas como o sequenciamento genético para monitoramento de variantes.

Palavras-chave: Suinocultura, PPV1, Epidemiologia molecular