Autor(es): Ana Maria Graciolli , Ana Maria Graciolli, Laura Kalil Nader Lazzaretti , Barbara Brambilla, Carlos Henrique Dal Bem Fistarol, Emanuelle Bertoletti Mendonca, Giovani Schulte Farina, Stefano Mateus Schio Kuiava, Vitoria Maria Krieger,,
Orientador: Lessandra Michelin Rodriguez Lins
Quantidade de visulizações: 211
A obesidade está fortemente associada à doença hepática esteatótica metabólica (MALSD), compartilhando mecanismos como resistência à insulina e disfunção metabólica. A cirurgia bariátrica é um tratamento eficaz para a obesidade e também promove a remissão da MALSD. Devido à alta prevalência da doença, é essencial dispor de métodos não invasivos com eficácia semelhante à biópsia hepática (exame padrão-ouro) para diagnóstico e monitoramento. Este estudo visa avaliar e comparar a eficácia diagnóstica e de monitoramento de métodos não invasivos, como a ultrassonografia com tecnologia ARFI e escores clínicos-laboratoriais, em relação à biópsia hepática. O estudo conta com uma amostra de 99 indivíduos voluntários, que realizaram cirurgia bariátrica no Hospital Geral de Caxias do Sul. Durante o período pré-operatório, são coletados dados clínicos, laboratoriais dos pacientes e é realizada a ultrassonografia ARFI para avaliação da MALSD. Durante a cirurgia bariátrica, é feita uma biópsia hepática enviada para análise histopatológica. Cada participante é acompanhado por 18 meses após a cirurgia, com exames laboratoriais e ultrassonográficos realizados aos 6,12 e 18 meses. A partir desses dados, são calculados escores para avaliação da MALSD em cada tempo. Após a coleta de dados, testes estatísticos serão realizados para comparar os métodos de exames. Até o momento, 99 pacientes foram incluídos no estudo e todos realizaram acompanhamento pré-operatório. Destes, 15 perderam seguimento. Dos 84 restantes, todos realizaram acompanhamento pós-operatório de 6 meses, 81(96%) de 12 meses e 62 (73%) de 18 meses. A população estudada é predominantemente feminina (84%) com idade média de 43 anos, peso médio pré-operatório de 114,79 kg e IMC de 43,30, indicando obesidade mórbida. Antes da cirurgia,a maioria dos pacientes apresentavam hipertensão, sedentarismo e síndrome metabólica. Além disso, 67% apresentavam esteatose hepática e 10% fibrose, conforme biópsia hepática. Após 6 meses de pós-operatório, o peso médio caiu para 84,4 kg, uma redução de aproximadamente 28% do peso inicial, e o IMC médio para 30,8, configurando obesidade grau. A previsão para o fim do estudo é para final de 2024, finalizando, então, o acompanhamento de 18 meses de todos os pacientes. Neste semestre estão sendo iniciadas as análises estatísticas referente aos dados dos pacientes de 6 meses e após os de 12 e 18 meses.
Palavras-chave: Cirurgia bariátrica, Elastografia, Doença hepática esteatótica