Autor(es): Nicole Zinani Pedroni , Fernanda Trubian, Andréia Gambin, Laura Ferrazzi Finger, Guilherme Auler Brodt, Katiucia Pezzi Corlatti, Alexandre José Gonçalves Avino, Leandro Viçosa Bonetti,
Orientador: Raquel Saccani
Quantidade de visulizações: 227
A hemiparesia, manifestação clínica comum em lesões encefálicas, geralmente compromete o tônus, equilíbrio e a mobilidade, impactando a marcha e funcionalidade dos pacientes. Estratégias interventivas são importantes buscando melhorar a função motora do paciente e a mobilização passiva, principalmente se realizada com aparelhos automatizados, pode representar uma alternativa eficaz na melhora do sistema sensório-motor e facilitação de movimentos. Portanto, o objetivo desta pesquisa foi identificar quais os efeitos imediatos da mobilização passiva com equipamento de cinesioterapia na espasticidade e nos parâmetros espaço-temporais da marcha em pacientes hemiparéticos. Trata-se de um ensaio clínico, composto por 18 pacientes com diagnóstico de lesão encefálica, atendidos e cadastrados no Centro Clínico da Universidade de Caxias do Sul. Para avaliação da marcha, utilizou-se um Equipamento Medidor Inercial com Acelerômetro e Giroscópio e teste Timed Up and Go (TUG Test). Para espasticidade, autopercepção da marcha e desconforto, a Escala Ashworth Modificada, escala tipo Likert de 5 pontos e Escala Visual Analógica. As avaliações ocorreram antes e após a intervenção com um dispositivo automatizado que realizou mobilização passiva com movimentos contínuos durante 30 minutos. Foi utilizado estatística descritiva e o teste t de medidas repetidas (p = 0,05). A avaliação da espasticidade indicou que 44,4% (8 pacientes) apresentaram padrão extensor e 55,6% (10 pacientes) o padrão flexor, além disso, 77,8% (14 pacientes) possuem acompanhamento fisioterapêutico e 22,2% (4 pacientes) não. Em relação ao teste TUG, observou-se uma redução no tempo médio de execução após o protocolo. Os resultados da avaliação biomecânica da marcha indicaram uma melhora significativa na velocidade (p = 0,02). Além disso, foram observadas melhorias importantes na cadência, simetria, comprimento do passo e propulsão, tanto no hemicorpo afetado, quanto no não afetado. Diante disso, conclui-se que a mobilização passiva executada por um equipamento automatizado proporciona benefícios para pacientes com déficits motores assimétricos. O protocolo gerou efeitos positivos para a mobilidade e funcionalidade dos pacientes, enfatizando a importância de ser considerado como um recurso terapêutico adicional às sessões tradicionais de terapias motoras.
Palavras-chave: Mobilização passiva, Aumento de tônus, Pacientes hemiparéticos