Uso de isolados de Trichoderma sp. no cultivo pareado para controle do crescimento de patógenos do gênero Colletotrichum

Autor(es): Aline Vieira , Luciana Bavaresco Touguinha,
Orientador: Joséli Schwambach
Quantidade de visulizações: 198

USO DE Trichoderma sp. PARA CONTROLE DE PATÓGENOS DO GÊNERO Colletotrichum
     O gênero fúngico Colletotrichum é de extrema relevância econômica por ser o causador da antracnose em várias culturas e da podridão da uva madura na videira. Em contrapartida, o gênero Trichoderma tem sido amplamente estudado como para controle biológico de doenças em plantas. O objetivo deste estudo foi avaliar o antagonismo dos isolados de Trichoderma sp. M1C e T17 sobre os patógenos C. acutatum, C. gloeosporioides e C. fructicola. Para avaliar o antagonismo, discos de micélio dos microrganismos foram cultivados em uma mesma placa de Petri, cada um em uma extremidade da placa, contendo meio BDA  (caldo de batata 200 g/L, dextrose 15g/L e ágar 15 g/L). As placas foram mantidas em câmara de incubação com fotoperíodo de 12 ha 25 °C por 14 dias. Foram realizadas 5 repetições para cada tratamento  para o cultivo pareado dos patógenos com os antagonistas. As avaliações ocorreram em no 3º, 5º, 8º e 14º dias de crescimento medindo o diâmetro das colônias no sentido vertical e horizontal e o antagonismo foi avaliado com a Escala de Bell a partir do 5º dia. Placas contendo somente o patógeno foram cultivadas para controle. Os resultados do cultivo pareado com o isolado T17 demonstram que, no sétimo dia C. acutatum teve crescimento médio de 27 mm, C. gloeosporioides teve crescimento médio de 31,84 mm, e C. fructicola teve crescimento médio de 34,11 mm. Utilizando o isolado M1C, C. acutatum teve crescimento médio de 28,23 mm, C. gloeosporioides teve crescimento médio de 24,87 mm, e C. fructicola teve crescimento médio de 33,13 mm. No sétimo dia as placas controle apresentavam o crescimento médio de 36,11 mm para C. acutatum, de 87,35 mm para C. gloeosporioides, e de 90 mm para C. fructicola. Com a utilização da Escala de Bell, os isolados  M1C e T17 obtiveram a classificação 1 (antagonista cresce em toda a placa) para os patógenos C gloeosporioides e C. fructicola, e obtiveram a classificação 2 para C. acutatum, com os antagonistas sobrepondo parte da colônia do patógeno. Conclui-se que os isolados de Trichoderma sp. M1C e T17 apresentam a capacidade de inibir o desenvolvimento dos patógenos do gênero Colletotrichum avaliados neste trabalho e que experimentos in vivo devem ser conduzidos para avaliar a capacidade de controlar o desenvolvimento da doença.

Palavras-chave: Controle biológico, Antagonismo, Bioagente