Ação de fenol-oxidases imobilizadas na degradação de fármacos

Autor(es): Alana Araldi Dalpias , Gabriela Gambato, Roselei C. Fontana,
Orientador: Marli Camassola
Quantidade de visulizações: 172

AÇÃO DE FENOL-OXIDASES IMOBILIZADAS NA DEGRADAÇÃO DE FÁRMACOS
Entre as principais causas de poluição dos recursos hídricos estão compostos químicos produzidos pelo ser humano, dentre estes, os fármacos. Estes insumos causam riscos à saúde humana e à biodiversidade, ocasionando contaminações em solos e aquíferos. Assim, uma alternativa para reduzir a quantidade desses fármacos no ambiente, seria a utilização de enzimas capazes de degradar estes compostos químicos. Entre estas enzimas estão as fenol-oxidases, enzimas conhecidas por não serem específicas e que atuam degradando anéis aromáticos. Neste sentido, a fim de avaliar a degradação dos fármacos, foram produzidas enzimas pelos macrofungos Marasmiellus palmivorus, Pycnoporus sanguineus, Agaricus blazei e Trametes sp., em cultivos submersos, após realizou-se a concentração dos extratos enzimáticos. As fenol-oxidases foram imobilizadas em partículas magnéticas a partir de sulfato ferroso (FeSO4.7H2O), cloreto férrico (FeCl3.6H2O) e quitosana. Foi avaliada a estabilidade das enzimas imobilizadas nas partículas magnéticas. As enzimas imobilizadas foram incubadas com tampão acetato (50 mmol/L), 25ºC, por 24 horas. Após, foi avaliada a presença de enzima livre na fração líquida e nas partículas com as enzimas imobilizadas foi adicionada uma solução do substrato ABTS (2,2-azino-bis-(3-etil-benzotiazolina-6-ácido sulfônico). Foram realizados 6 ciclos de reuso das partículas com as enzimas imobilizadas. Verificou-se que as enzimas imobilizadas de P. sanguineus se mantiveram mais estáveis durante, dessa forma foi dado continuidade apenas com este extrato enzimático. Após, foi avaliada a ação das fenol-oxidases imobilizadas e livres na degradação dos fármacos diclofenaco e paracetamol (5 mg/L). As concentrações de diclofenaco foram superiores na condição com a enzima imobilizada, quando comparados com a enzima livre. Para o paracetamol, as concentrações foram reduzidas apenas nos dois primeiros ciclos, quando foi utilizada a enzima imobilizada. Diante dos resultados, é possível concluir que é possível imobilizar as fenol-oxidases, porém a ação destas enzimas não é eficiente nesta condição, quando comparado com a enzima livre. 

Palavras-chave: Partículas magnéticas, imobilização, lacases