Potencial Regenerativo das Células-Tronco Associadas ao Grafeno na Lesão Traumática da Medula Espinhal

Autor(es): Maria Eduarda Lima Viapiana , Natalia Fontana Nicoletti,
Orientador: Asdrubal Falavigna
Quantidade de visulizações: 172

O trauma raquimedular (TRM) corresponde a um evento definido por lesões na medula espinhal com alterações permanentes na sensibilidade, função motora e sensorial. Nanomateriais bioativos de grafeno, em conjunto com o potencial regenerativo das células-tronco mesenquimais (CTMs), são candidatos promissores para aplicação em neurologia, destacando o potencial excitatório do grafeno in vivo, pelo melhor suporte a angiogênese, neogênese abundante e presença de axônios neuronais regenerados na área da lesão. Este estudo verifica o papel terapêutico de nanoplaquetas de grafeno, associado à CTMs no TRM. Em parceria com o UCSGRAPHENE desenvolveu-se formulações de nanoplaqueta de grafeno funcionalizadas: UGZ1001, UGZ1002, UGZ1003 e UGZ1004. Testes de biocompatibilidade e citotoxicidade in vitro foram realizados obedecendo as normas da ISO-10993-5/2020-23. Linhagens celular de BV-2, VERO e 3T3 foram mantidos em condições apropriadas de cultivo. As nanoplaquetas de grafeno foram expostas a 30 minutos em luz UV para desinfecção, em cabine de fluxo classe II. Para avaliar a viabilidade celular, foi utilizado o ensaio de MTT [3-(4,5-dimethylthiazol-2-yl)-2,5-diphenyltetrazolium bromide]. As células cultivadas em placas de 96 poços foram expostas a formulações de grafeno por contato direto ou por eluição, em 24 h, 48 h e 72 h. O marcador fluorescente DAPI (4’,6’-diamino-2-fenil-indol) foi utilizado para analisar a morfologia e morfometria nuclear, considerando parâmetros nucleares que são quantificados em software específico (Image J). Todos os experimentos foram realizados três vezes, em triplicata. As formulações UGZ1001 e UGZ1004 não impactaram a viabilidade quando em contato com cultivo das linhagens celulares, sendo classificadas como biocompatíveis e não citotóxicas. A coloração por DAPI, comprovou a preservação do caráter proliferativo e morfologia nuclear intactos. UGZ1002 e UGZ1003 foram descartadas por apresentarem citotoxicidade em 48 h.Observou-se uma interação a nível intracelular com exposição das nanoplaquetas nomeada UGZ-1001-04 às células da linhagem BV2. A pesquisa destaca a segurança da formulação UGZ-1001-04 em cultivo celular conforme padrão ISO-10993-5/2020-23. Ensaios futuros da interação grafeno-CTMs podem indicar uma aplicação promissora na área da neurologia, visto o caráter elétrico inerente ao grafenosomado ao potencial regenerador das CTMs.

Palavras-chave: Grafeno, Células-Tronco, Lesão medular traumática