Biossíntese e citotoxicidade de nanopartículas de ouro utilizando extrato de macroalga antártica Palmaria decipiens

Autor(es): Mellanie Jorge Rocha , Marcelo Giovanela, Janaina da Silva Crespo, Marina Della Giustina ,
Orientador: Mariana Roesch Ely
Quantidade de visulizações: 142

Citotoxicidade de nanopartículas de ouro com extrato de Palmaria decipiens
Autores: Mellanie Jorge Rocha, Marina Della Giustina, Marcelo Giovanela, Janaina da Silva Crespo, Mariana Roesch Ely. O câncer é uma desordem genética causada por alterações na expressão de genes que regulam processos celulares fundamentais. Sendo o câncer colorretal a terceira neoplasia mais frequente no mundo, a procura por diferentes terapias para o tratamento desta patologia se faz cada vez mais necessária. Assim, as macroalgas antárticas, por terem se adaptado a um ambiente tão hostil, são consideradas fonte promissora de novos compostos bioativos com atividade antitumoral.  As nanopartículas de ouro  (AuNPs) têm sido investigadas em diversas aplicações pela sua versatilidade, maleabilidade, resistência à oxidação, e por ser um metal nobre e inerte. Nesta pesquisa, AuNPs foram biossintetizadas com extrato da macroalga antártica Palmaria decipiens (PD@AuNPs) e testadas in vitro quanto a sua atividade citotóxica em linhagens celulares de câncer colorretal (HCT-116). As PD@AuNPs foram sintetizadas através da mistura da solução de ouro e extrato etanólico da macroalga Palmaria decipiens com temperatura e agitação otimizados. O material resultante dessa biossíntese, bem como o extrato da P. decipiens (EPD) e o controle de AuNPs sintetizado quimicamente (CS@AuNPs) foram testados em diferentes tempos e concentrações, frente à linhagem celular HCT-116 no ensaio de viabilidade celular. Os resultados obtidos indicam que as amostras de EPD e CS@AuNPs apresentam potencial citotóxico para as células da linhagem HCT-116 em concentrações distintas, sendo mais citotóxicas em concentrações de >100µg/mL e 50µg/mL. O produto resultante dos dois compostos conjugados não apresentou resultados indicativos de citotoxicidade nas concentrações testadas (25 a 250µg/mL), possivelmente pela baixa concentração dos tratamentos utilizados, apresentando ainda atividade celular reparadora. No entanto, mais testes são necessários para determinar a concentração citotóxica da amostra PD@AuNPs. Contudo, é possível afirmar que a espécie P. decipiens possui compostos suficientes para atuar como agente redutor e estabilizante na biossíntese de AuNPs, evitando a utilização de compostos químicos deletérios ao meio ambiente e prejudiciais à saúde.

Palavras-chave: Câncer colorretal, Nanopartículas, Palmaria decipiens