ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE SUPERFÍCIES DE LÁTEX E RESINA ACRÍLICA INCORPORADOS COM GRAFENO E COBRE

Autor(es): Julia Smiderle , Fernando Joel Scariot, Luisa Vivian Schwarz,
Orientador: Ana Paula Longaray Delamare
Quantidade de visulizações: 139

Atividade antimicrobiana do Grafeno em superfícies de látex e resina
O grafeno é o material mais fino e rígido, e nos últimos anos tem atraído atenção por suas propriedades físicas e químicas capazes de aumentar a resistência e as propriedades mecânicas de compósitos e nanocompósitos. Além disso, o uso de grafeno tem mostrado resultados promissores no controle de microrganismos, podendo expandir a aplicabilidade de superfícies biomédicas. Desta forma, o objetivo do trabalho foi avaliar o potencial antimicrobiano de superfícies de látex e resina acrílica incorporados com grafeno (GO) e cobre (Cu). Avaliou-se a atividade antimicrobiana de superfícies de látex, látex + GO, látex + GO + Cu; e de resina, resina + GO, resina + GO + Cu (em diferentes concentrações) contra as bactérias Escherichia coli e Staphylococcus aureus. Para isso, os fragmentos de látex e resina foram posicionados em placas Petri com meio ágar-água, sobre eles adicionou-se 50 µl da suspensão bacteriana com densidade óptica previamente ajustada. As placas foram mantidas em câmaras úmidas a 37°C por 24h. Após este período, os fragmentos com as gotas foram lavados com salina (NaCl 0,9% v/v) e Tween (0,1% v/v), foi realizado diluição seriada em salina e o plaqueamento foi feito pelo método de gota em meio de cultivo. As placas foram incubadas (30°C - 24h) e a viabilidade celular foi avaliada pela contagem de UFC, sendo comparado com o controle (apenas látex e resina). Os testes realizados com superfícies de resina acrílica mostraram uma diminuição da viabilidade celular de E. coli apenas frente nas superfícies contendo diferentes concentrações de cobre com grafeno, principalmente no tratamento com as maiores concentrações de cobre e grafeno utilizadas, 4% e 0,250%, respectivamente. Já para S. aureus, a redução da viabilidade celular foi observada nas superfícies de resina incorporadas com grafeno, em ambas as concentrações avaliadas (0,0125% e 0,250%). Quanto à avaliação da atividade antimicrobiana de nanocompósitos de látex, houve uma redução da viabilidade de S. aureus quando em contato com a superfície de látex + GO (0,18g)+ Cu (0,5%).  Observou-se um resultado semelhante nos testes utilizando E. coli, onde a maior redução da viabilidade ocorreu no tratamento de látex + GO (0,18g) + Cu (0,5%). Apesar dos resultados obtidos neste estudo ainda serem prévios e pouco aprofundados, é possível observar a potencialidade do grafeno associando aos materiais avaliados quanto a sua capacidade antimicrobiana.

Palavras-chave: Grafeno, Nanocompósitos, Cobre