Hospitalidade e Roteiro Termas e Longevidade-RS: Percepção de membros de Conselhos Municipais de Turismo.

Autor(es): Frederico Augusto Picolotto Viana
Orientador: Luciane Todeschini Ferreira
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Hospitalidade e Roteiro Termas e Longevidade: Percepção de membros de COMTURs.
O turismo, fenômeno social, estudado sob diferentes perspectivas analíticas, também é considerado um setor importante para alavancar a economia. Segundo dados do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), o setor, no Brasil, é responsável por mais de oito milhões de postos de trabalho, arrecadando mais de R$752 bilhões, isso considerando 2023. O acolhimento, por se tratar de um fator potencializador para a atividade turística, apresenta-se como um diferencial no setor. O presente resumo apresenta percepções de membros dos Conselhos Municipais de Turismo (Comturs) de municípios que compõem o Roteiro Termas e Longevidade/RS — Cotiporã, Nova Prata, Protásio Alves, Veranópolis e Vila Flores — acerca da hospitalidade de suas cidades. Trata-se de resultados referentes a estudos realizados no projeto “Hospitalidade no Roteiro ‘Termas e Longevidade’ sob a ótica de membros de Conselhos Municipais de Turismo”, ramificação da pesquisa “Educação, Hospitalidade e Turismo: estudos sobre eixos constitutivos do desenvolvimento turístico” (realizada entre 2019 e 2023). No que diz respeito à metodologia, foram entrevistados 40 conselheiros que conversaram sobre hospitalidade, desenvolvimento regional, educação e turismo. Transcritos, os dados foram analisados sob a ótica enunciativa bakhtiniana, que entende os enunciados nos seus contextos de produção. Os resultados apontam que a maior parte dos entrevistados percebe seu município como hospitaleiro (87,4%), enquanto uma pequena parcela afirma que não (13,6%). O comportamento gentil e caloroso da população (44,7%), a predominância da cultura italiana (36,8%), a variedade de atrativos (26,3%) e a preparação dos munícipes para recepção de visitantes (34%) foram citados como fatores que ressaltam a hospitalidade do lugar. Os que afirmaram que a sua cidade não é hospitaleira apontaram problemas de infraestrutura e de profissionalização dos serviços ofertados, além da falta de informação. Ressalta-se que mesmo aqueles que responderam positivamente ao questionamento manifestaram percepções de que, muitas vezes, os munícipes apresentam desconfiança em relação a visitantes ou apresentam comportamento invasivo. Nessa perspectiva, chamam a atenção para a falta de profissionalismo no atendimento dado aos turistas. Os resultados apontam para uma sólida percepção do grupo sobre a importância de saber acolher o turista que não diz respeito tão somente ao bem receber, mas igualmente a aspectos da própria cultura e paisagem do lugar.

Palavras-chave: Hospitalidade, Roteiro Termas e Longevidade, Conselhos Municipais de Turismo