A representação do medo no conto "O papel de parede amarelo", de Charlotte Perkins Gilman
Autor(es): Gisele Troian Guerra
Orientador: Cristina Loff Knapp
Quantidade de visulizações: 412
O objetivo deste trabalho é explorar o conto “O papel de parede amarelo”, da escritora estadunidense Charlotte Perkins Gilman (1892), a qual foi uma grande ativista dos direitos feministas do século XIX. Porém, ela não obteve o devido reconhecimento de suas publicações, visto que suas obras só alcançaram determinado sucesso durante a segunda onda feminista dos Estados Unidos, entre os anos de 1960 e 1980. Dessa forma, entre tantos contos produzidos pela autora ao longo de sua vida, “O papel de parede amarelo”, o qual foi publicado na revista
The New England Magazine, em 1892, continua sendo o que mais se encontra artigos, pesquisas e trabalhos sobre ele, devido à temática polêmica que aborda: a denúncia dos meios ineficazes de tratamento da saúde mental destinado às mulheres no século XIX. Logo, o estudo da representação do medo nessa narrativa torna-se pertinente, afinal a protagonista tem medo do marido, que a aprisiona, bem como das formas estranhas que surgem na parede do quarto dela. Charlotte, nesse contexto, soube flertar magistralmente com os estudos fantásticos da vertente do insólito e, com isso, permitiu que esse trabalho pudesse se apoiar nas contribuições de Noël Carroll
(1999)
, David Roas (2014), Júlio França (2017), Ana Paula Branco de Melo (2018), Virginia Woolf (2019), Verônica Toste Daflon e Bila Sorj (2021) e Ana Paula Araujo dos Santos (2022). A partir disso, é possível concluir que a pesquisa procura resgatar as contribuições de uma escritora esquecida no seu tempo de produção e, ao mesmo tempo, trabalhar com a perspectiva fantástica, principalmente o medo.
Palavras-chave: Charlotte Perkins Gilman, Medo, O papel de parede amarelo