Da experiência coletiva às trajetórias acadêmicas individuais: contexto pandêmico e múltiplas perspectivas em diálogo

Autor(es): Julia Pedroni , Andréa Wahlbrink,
Orientador: Nilda Stecanela
Quantidade de visulizações: 183

Este trabalho busca compreender os sentidos atribuídos à experiência acadêmica no período pandêmico, especialmente nas aulas denominadas presenciais digitais ou online assíncronas. Em outras palavras, vincula-se ao desafio de promover o encontro em “sala de aula sem paredes”. O referencial teórico utilizado teve como base as contribuições de Dubet (2001), Nóvoa e Alvim (2021), Charlot, Zanette e Stecanela (2022) e Zanette (2022). O trabalho é um desdobramento do Projeto de Pesquisa Matriz “Experiências formativas entrelaçadas: do cotidiano da Educação Superior ao cotidiano da Educação Básica”, financiado pelo CNPq e coordenado pela professora Nilda Stecanela. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, cujos dados empíricos foram construídos por meio de um questionário online, disponibilizado via Google Forms, contendo questões abertas e fechadas, enviado a 2.237 licenciandos ingressantes entre os anos de 2018 e 2021, tendo obtido 27 interações.   A pandemia da Covid-19 promoveu novas modalidades de ensino na Educação Superior. O distanciamento social desafiou a compreensão de como aconteceu a relação pedagógica ao longo do período pandêmico, bem como a sua adaptação no retorno às aulas presenciais e manutenção das aulas remotas. Apesar do fim da pandemia ter sido declarado pela Organização Mundial da Saúde, em maio de 2023, as aulas síncronas e a distância persistem no design curricular de diversos cursos. Os resultados da pesquisa indicam muitas aprendizagens, especialmente no que se refere ao domínico das tecnologias. Mas, ao mesmo tempo, algumas narrativas dos estudantes demonstraram um olhar para si, sem a necessária sensibilidade para perceber o outro e suas diferentes realidades. Desse modo, escutar as vozes da universidade suscita a necessidade de um trabalho voltado a fomentar o transcender a si mesmo, ou seja, a um olhar empático e à construção do senso de comunidade.

Palavras-chave: Formação acadêmica, Licenciaturas, Efeitos da pandemia