Autor(es): Luiza Pellini Danelus , Fernando Joel Scariot, Luisa Vivian Schwarz, Sergio Echeverrigaray Laguna,
Orientador: Ana Paula Longaray Delamare
Quantidade de visulizações: 277
Os compostos derivados de grafeno possuem potencial antimicrobiano, podendo ser potencializados com a incorporação de moléculas com atividade antimicrobiana conhecida. A atividade antimicrobiana dessas partículas ocorre devido à deterioração de componentes celulares, principalmente proteínas, lipídios e ácidos nucleicos. O objetivo do trabalho foi determinar o modo de ação de grafeno oxidado e atividade antimicrobiana de grafeno oxidado ligado com diferentes compostos. Para as avaliações das atividades antimicrobianas foram utilizadas as leveduras
Saccharomyces cerevisiae e
Candida albicans, e as bactérias
Staphylococcus aureus e
Escherichia coli. A atividade antimicrobiana do grafeno oxidado foi avaliada utilizando-se concentrações variando de 0 a 1000 mg/L. As amostras foram incubadas com agitação e inoculadas por plaqueamento em gota para contagem de colônias após 24 horas. Além disso, foi realizada a avaliação da integridade da membrana citoplasmática, o acúmulo intracelular de espécies reativas de oxigênio e função mitocondrial, através dos marcadores 7-AAD, DCFH e DioC6, respectivamente. A síntese dos grafenos conjugados foi realizada, incorporando-se os compostos: natamicina (fungicida), carvacrol, citronelol, geraniol, timol e citral (monoterpenos), e o sobrenadante de
Bacillus amyloliquefaciens. A confirmação da síntese foi determinada por varredura espectrofotometrica. O potencial antimicrobiano desses compostos foi determinado conforme descrito anteriormente. A avliação das atividades antimicrobianas revelaram uma eficaz atividade antibacteriana e antifúngica do grafeno oxidado sobre os microrganismos estudados, que já apresenta inibição de crescimento nas concentrações mais baixas (250 mg/L). Os ensaios de citometria revelaram que o efeito do grafeno oxidado sobre leveduras envolve a interação com a membrana celular, permitindo que ele penetre na célula. No interior da célula o grafeno oxidado despolariza a membrana mitocondrial, acarretando o acúmulo de espécies reativas de oxigênio. A síntese de grafenos modificados foi confirmada pelo perfil das curvas espectrofotométricas, entretanto, esses grafenos modificados não apresentaram um aumento na atividade antimicrobiana em comparação com o grafeno oxidado, que continuou a ser o mais eficiente para o controle antimicrobiano. Portanto, a avaliação de grafeno com novas modificação parece ser o caminho para encontrar novos derivados de grafeno com atividade antimicrobiana, e elucidar o modo de ação dos compostos.
Palavras-chave: derivados de grafeno, leveduras, bactérias