Autor(es): Clarice Rech Costantin , Bruna Victoria Andrighetti, Vicente Azevedo de Oliveira, Érica Visioli Grifante, Marcia R. Pansera, Wendel P. Silvestre, Valdirene C. Sartori ,
Orientador: Valdirene Camatti Sartori
Quantidade de visulizações: 241
A própolis produzida pelas abelhas sociais, Tribo Meliponini, conhecidas também como abelhas sem ferrão (ASF). Esses insetos coletam resinas de determinadas plantas e adicionam substâncias glandulares ao processamento tendo como resultante a própolis. Neste trabalho foi avaliado a atividade biológica dos extratos alcoólicos da própolis de
Tetragona clavipe (borá), sobre o desenvolvimento do fungo fitopatogênico
Colletotrichum gloeosporioides, isolado da cultura da videira. O procedimento de extração utilizado foi proporção de 30 g de amostra para 70 mL de etanol 96 % v/v (1:2), e mantidos no escuro por 60 dias, após seus constituintes químicos foram caracterizados por HPLC-ESIMS
. Para verificar a atividade antifúngica, foi preparado e autoclavado meio de cultura BDA (Batata- Dextrose-Ágar) e adicionado ao meio fundente (55
0 C) as concentrações de zero; 1,6 %; 3,2 %; 6,4 % e 12,0 % v/v dos distintos extratos de ANSF, com cinco repetições.
O desenvolvimento do fungo foi determinado pela medição do diâmetro micelial até o décimo quarto dia da inoculação. A espécie
Tetragona clavipes possui alta quantidade de compostos fenólicos (11593,92), sendo o ácido gálico (199,04) o principal composto identificado até o momento. As concentrações de 6,4 % e 12,0 % v/v inibiram totalmente o crescimento micelial deste importante fungo fitopatogênico. Os resultados obtidos demonstram que os extratos alcoólicos da própolis de
T. clavipe possuem potencial para controle de fungos fitopatogênicos de interesse agrícola, além da manutenção de espécies de abelhas nativas sem ferrão junto às áreas agrícolas.
Palavras-chave: Extratos de própolis de abelhas sem ferrão, Compostos antifúngicos , Agricultura familiar