PERFIL DOS PACIENTES ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DE SEGUIMENTO DE PREMATUROS DO CENTRO CLÍNICO DA UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL
Autor(es): Aline Scain Godinho , Daiane Vergani, Laís Fagundes Pasini, Lucas Girotto Aguiar,
Orientador: Vandrea Carla de Souza
Quantidade de visulizações: 227
A síndrome hipertensiva é o problema mais frequente na gestação e a principal causa de óbito materno no Brasil, sobretudo nas suas formas graves, como a eclâmpsia e a síndrome HELLP. Além disso, é associada a elevadas taxas de mortalidade perinatal, prematuridade e restrição de crescimento fetal. O objetivo deste estudo foi avaliar a exposição à síndrome hipertensiva materna como preditor de alteração de pressão arterial em crianças menores de 3 anos com histórico de muito baixo peso (<1500 g) ao nascimento. Foram comparados dois grupos de crianças: um grupo exposto à síndrome hipertensiva na gestação (n=114) e outro não exposto (n=145). O peso mediano de nascimento (IIQ) foi de 1175 g (985-1340) e a idade gestacional mediana (IIQ) foi de 30 semanas (28, 32). 122 neonatos eram do sexo masculino (47%). As principais intercorrências da internação na unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN) foram sepse precoce (n= 123, 58%), sepse tardia (n= 110, 52%) e displasia broncopulmonar (n= 77, 36%). O tempo mediano de ventilação mecânica (IIQ) foi de zero dias (0, 5) e o tempo mediano de oxigenioterapia (IIQ) foi de 27 dias ((7, 52,5). Dos 259 participantes do estudo, 212 foram oriundos da UTIN do Hospital Geral, 41 do H. Pompéia e 6 de outros locais. Foi observada uma diferença mediana de 2mmHg (IC 95% 1,88 a 2,12) superior na pressão arterial sistólica do grupo de expostos em relação aos não expostos à síndrome hipertensiva materna. Este achado está em acordo com outros estudos que avaliaram a prole de mães hipertensas, sinalizando a importância de monitorar a pressão arterial desta população.
Palavras-chave: Prematuridade, Baixo peso ao nascer, Síndrome hipertensiva