PERFIL FÍSICO-CLÍNICO DE PACIENTES COM PARALISIA CEREBRAL COM DIFERENTES GRAUS DE GMFCS
Autor(es): Maria Laura da Silva
Orientador: Guilherme Auler Brodt
Quantidade de visulizações: 201
Em função da complexidade das manifestações clínicas da paralisia cerebral (PC) e das dificuldades na sua classificação baseada apenas nos tipos motores, o centro clínico da universidade de Caxias do Sul (CECLIN), tem a rotina de realizar o exame físico-clínico completo em seus pacientes com PC e descrever os resultados das avaliações e das variáveis de espaço temporais da marcha dos pacientes para melhor descrição de cada caso. Junto ao exame da marcha o CECLIN tem a rotina de classificar a função motora grossa (GMFCS) dos pacientes. O GMFCS classifica em cinco níveis o grau da PC onde quanto maior o nível mais grave é a condição do paciente. O objetivo do estudo foi comparar os resultados do exame físico-clínico dos pacientes com PC de GMFCS 1, 2 e 3. Como métodos foram adquiridas medidas de força, controle motor, espasticidade e amplitude de movimento além da classificação GMFCS. Foram também coletados os testes clínicos de Ely Duncan, Thomas e Galeazzi. Como resultados foi constatado que pacientes GMFCS 1 apresentam maior força muscular que GMFCS 2 e 3 em todos os grupos musculares avaliados. Quanto à espasticidade, pacientes com GMFCS 1 e 2 são iguais para dorsiflexores e menores que GMFCS 3, pacientes GMFCS 2 e 3 apresentam a mesma espasticidade de flexores plantares e maior que GMFCS 1. O controle motor seletivo de adutores de quadril é igual entre GMFCS 1 e 2 e maior que GMFCS 3. Quanto ao controle motor seletivo o GMFCS 1 apresentou melhor controle motor que os demais grupos em todos os grupos musculares. Como conclusão tem-se que apesar de espasticidade e força muscular serem aspectos relevantes na classificação do GMFCS, o controle motor seletivo dos grupos musculares parece ser o aspecto físico clínico mais relevante na diferenciação entre os pacientes.
Palavras-chave: Paralisa cerebral , Marcha , GMFCS