EXTRAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DE ALCALÓIDES INDÓLICOS DA Tabernaemontana catharinensis E ANÁLISE DA ATIVIDADE ANTITUMORAL

Autor(es): Rafael Freitas Corá , Ana Júlia Gomes Donada,
Orientador: Sidnei Moura e Silva
Quantidade de visulizações: 346

ALCALÓIDES INDÓLICOS DE Tabernaemontana catharinensis E ATIVIDADE ANTITUMORAL
A análise da capacidade terapêutica das plantas permite identificar compostos ativos, como os metabólitos, provenientes de seu metabolismo e responsáveis pela sua adaptação na natureza. A espécie Tabernaemontana catharinensis, conhecida como jasmim-catavento e pertencente à família Apocynaceae, desperta interesse da medicina devido à presença de alcalóides indólicos, com diferentes atividades biológicas evidenciadas. Nesse contexto, este trabalho teve como objetivo extrair os alcalóides indólicos das folhas da planta T. catharinensis e avaliar a toxicidade do extrato em relação ao microcrustáceo Artemia salina, bem como determinar a atividade citotóxica do extrato rico em alcalóides indólicos na linhagem tumoral HCT116 (carcinoma colorretal humano). Os alcalóides indólicos foram extraídos por meio de uma partição ácido-base a partir do extrato bruto etanólico, que fora obtido via probe de ultrassom. A toxicidade da fração foi avaliada, em primeiro momento, utilizando a espécie de microcrustáceo Artemia Salina, onde os mesmos foram submetidos ao tratamento com diferentes concentrações da fração. Após, encaminhou-se o ensaio de atividade citotóxica em cultura celular, com a linhagem tumoral HCT116 (câncer colorretal humano) e não tumoral MRC5 (fibroblastos humanos). O procedimento de extração dos alcalóides indólicos alcançou na primeira etapa um rendimento médio de 14,6% (m/m). Posteriormente, a extração ácido-base apresentou um rendimento de 0,94%. A análise por cromatografia em camada delgada, revelou a presença de alcalóides na amostra devido à fluorescência característica desses compostos. No ensaio de toxicidade frente à A. salina, a fração de alcalóides apresentou uma DL50 de 367,33 (±2,45) ?g.mL-1, classificado como moderadamente tóxico. Já os testes realizados nas células HCT116 apresentaram um IC50 de 28,49 ± 2,66 ?g.mL-1 e 20,86 ± 0,16 ?g.mL-1 para 24 e 72 horas, respectivamente. Por outro lado, as células não tumorais MRC5 mostraram um valor de IC50 de 60,35 ± 3,25 ?g.mL-1, indicando que a concentração necessária para a inibir as células tumorais foi menor que para as células não tumorais. Esses resultados além de corroborarem com a literatura, indicam que os alcaloides indólicos presentes nesta espécie de planta possuem potencial como agentes antitumorais devido à sua significativa atividade citotóxica.

Palavras-chave: Atividade antitumoral, Alcalóides indólicos, Tabernaemontana catharinensis