EFEITO DA ADIÇÃO DE DIFERENTES NANOCARGAS EM RESINA ACRÍLICA ODONTOLÓGICA UTILIZANDO IMPRESSÃO 3D
Autor(es): Vitória Boeira Zampieri , Lilian Vanessa Rossa Beltrami,
Orientador: Ademir José Zattera
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Durante o período pandêmico por coronavírus (COVID-19), a Organização Mundial da Saúde (OMS), registrou 2,3 milhões de casos confirmados e 157.000 mortes globalmente. Juntamente com essa patologia ocorreram diversos impactos mundiais, como a necessidade de isolamento social, perturbações da vida diária e quarentena, o que gerou consequências na saúde mental dos pacientes acometidos por essa doença (WHO, 2020). Os casos de bruxismo aumentaram exponencialmente devido aos problemas de ansiedade, estresse e má qualidade de sono. As consequências dessa condição, além de trazer desconforto e dores de cabeça, também pode causar desgaste dentário e levar até a quebra dos dentes. Como prevenção dos danos causados à saúde bucal, é utilizado placas feitas comumente de resina acrílica (RES). A utilização dessas placas faz com que a musculatura do rosto relaxe e consequentemente auxilia na proteção dos dentes. Em suma, a nanotecnologia possibilitou a criação de novos compósitos que podem substituir as placas dentárias convencionais apresentando propriedades superiores se comparado com a matriz polimérica pura. Com isso, o objetivo geral é desenvolver novos nanocompósitos utilizando resina acrílica modificada com diferentes nanocargas (grafeno, óxido de grafeno e nanoargila) por meio de impressão 3D, para aplicações em placas oclusais odontológicas. Para a obtenção do óxido de grafeno (OG) foi pelo emprego do método químico, preparado a partir do grafite, em presença de ácido sulfúrico como agente oxidante. Ademais, o método de incorporação das nanocargas à matriz polimérica foi por sonificação, ou seja, ondas vibratórias causadas por um ultrassom. Os resultados encontrados para perda de massa por abrasão, mostram que a amostra contendo nanoargila (RES- Argila) teve uma diferença de 26% menor de perda de massa comparada a RES. Os resultados de módulo de elasticidade e resistência a flexão, apresentaram que a amostra contendo nanoplaqueta de grafeno (RES-NPG) apresentou valores maiores comparado as outras amostras. Não houve alteração significativa quanto a hidrofobicidade dos nanocompósitos em relação a resina acrílica pura. Diante disso, conclui-se que a adição das nanocargas não geraram mudanças relevantes na resina acrílica pura. Contudo, a RES-Argila mostrou grande potencial para ser utilizada em placas oclusais, já que, apresentou uma baixa perda de massa, aumentando a durabilidade do material.
Palavras-chave: Nanocargas , Impressão 3D, Resina acrílica