Avaliação temporal das mudanças de uso e cobertura do solo na região dos campos de altitude no Rio Grande do Sul

Autor(es): Daniela Züehl , Geise Macedo dos Santos,
Orientador: Gisele Cemin
Quantidade de visulizações: 334

 A região dos campos de altitude, situada na porção norte e nordeste do estado do Rio Grande do Sul compõe uma região fitoecológica do bioma Mata Atlântica. É caracterizada por apresentar solos menos desenvolvidos, com perfil mais raso, baixa fertilidade e com a presença marcante de material rochoso pouco intemperizado. Assim, a prática agrícola era incipiente até o início da década de 90, onde, a partir desse ponto, começou-se a verificar o avanço da agricultura sobre essas áreas naturais, conhecidas pela sua alta biodiversidade e endemismo. Assim, o objetivo deste trabalho está em mapear temporalmente o uso e cobertura do solo da região dos campos de altitude da região nordeste do RS e a sua relação com as classes pedológicas e declividade, por meio do uso de dados de sensoriamento remoto e Sistemas de Informações Geográficas (SIGs). Para atingir o objetivo proposto, foram utilizadas imagens dos satélites Landsat 5 e 7, de diferentes datas de aquisição, dados pedológicos, na escala 1:750.000 e dados da declividade na escala 1:50.000. As imagens de satélite foram classificadas, utilizando o plugin dzestaka disponível no software QGIS versão 3.22, o qual realiza uma classificação supervisionada. As classes de uso do solo elencadas foram: floresta nativa, silvicultura, campo nativo, solo exposto, área urbana e lâmina d’água. Os resultados revelaram que o fluxo espacial de avanço da antropização por agricultura está intimamente relacionado com a pedologia da área, ocupando, preferencialmente, a classe de Latossolos Vermelhos. Em relação a declividade, as atividades agrícolas são encontradas em relevos mais suaves a suave ondulados. Estes resultados poderão ser utilizados para a formulação de políticas públicas as quais visam o uso sustentável dos recursos naturais.

Palavras-chave: Uso do solo, Sensoriamento remoto, Pedologia