Perseu e Medusa: a escrita, as mulheres e o mito.
Autor(es): Abner Nodari
Orientador: Luciene Jung de Campos
Quantidade de visulizações: 308
A escrita – forma de linguagem articulada e cifrada – é reconhecida como uma das principais formas de significação humana. Escrever, portanto, como afirmaria o semiólogo Roland Barthes em 1973, passa por tornar-se sujeito. Desse modo, pode-se inferir que esse meio de codificação não somente produz como também é efeito de acontecimentos políticos e psíquicos, percurso tradicionalmente executado por todos aqueles que querem vir a ser
pessoas. Ainda assim, enquanto os fatos políticos são determinados pela estrutura social, os psíquicos são alimentados por ela, feitos à base de muito recalque e catexização pulsional, levando a diferentes maneiras de escrever-se como mulher e como homem. Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo analisar duas mansões de escrita – divididas aqui como
escrita feminina e
escrita masculina – tendo como mito balizador o ceifamento de Medusa por Perseu. Por meio da psicanálise, optar-se-á por discutir-se os modos de registro do sujeito masculinizado na subsistência do feminino na escrita formadora de Clarice Lispector e de Hélène Cixous.
Palavras-chave: Psicanálise; Escrita; Sujeito.