Formação de professores para a inclusão no Brasil

Autor(es): Fernanda Bitencourt Prigol , Cláudia Alquati Bisol,
Orientador: Carla Beatris Valentini
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Formação de Professores para a Inclusão no Brasil
A formação de professores para a inclusão no Brasil ainda pode ser considerada um campo em construção, visto que a discussão acerca desse tópico se intensificou somente nas últimas décadas. Por educação inclusiva, entende-se o processo de desenvolvimento de ferramentas educacionais e estratégias que possibilitem o ensino para todos os alunos. Visando aprimorar a construção de uma  arquitetura pedagógica voltada à educação na perspectiva da inclusão, o presente trabalho objetiva analisar a formação de professores para a inclusão no Brasil, visando compreender os percursos históricos que levaram a constituição dessa formação tal como ela se encontra na atualidade. Para tanto, foi realizada uma revisão bibliográfica acerca de trabalhos que tratam dessa temática. A busca dos artigos, realizada no portal Scielo e Google Acadêmico, foi feita através dos descritores formação de professores + inclusão; formação de professores + educação inclusiva; políticas públicas + educação inclusiva; políticas públicas + formação de professores. Foram identificados diversos marcos importantes para a inclusão na educação brasileira, como a instituição das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAEs), a criação do Centro Nacional de Educação Especial (CENESP), a Declaração de Salamanca (1994) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN - Lei nº 9394/96). As políticas voltadas especificamente para a formação de professores ganham força nos anos 2000, com destaque para a Proposta de Diretrizes para a Formação de Professores da Educação Básica em Cursos de Nível Superior (MEC, 2000), o Programa Educação Inclusiva (2003) e a Política de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (PNEEPEI/2008). Constatou-se que, mesmo com o estabelecimento de tantas normas e diretrizes, a efetivação destas ainda ocorre de maneira precarizada, voltada prioritariamente para os educadores que atuam no Atendimento Educacional Especializado (AEE), não envolvendo a grande maioria dos professores. Portanto, conclui-se que é primordial que a construção de uma arquitetura pedagógica voltada à formação de professores em geral,  a partir da análise histórica, compreendendo os fundamentos da inclusão educacional e da formação de professores, a fim de estabelecer uma formação docente capaz de abarcar as demandas apresentadas por educandos e educadores e garantir a efetivação das políticas e direitos de todos.

Palavras-chave: educação inclusiva , inclusão , formação de professores