Presença e Persistência da Cefaléia entre Estudantes de Ciências da Saúde

Autor(es): Arthur Aguzzoli , Matheus Machado Rech, Murillo Cesar Gionedis, Yan de Assunção Bicca,
Orientador: Asdrubal Falavigna
Quantidade de visulizações: 299

Presença e Persistência da Cefaleia entre Estudantes de Ciências da Saúde
Este estudo tem a pretensão de focar na presença e persistência de dor de cabeça em estudantes da Área da Vida, os quais serão provedores de saúde no futuro. Segundo o conhecimento dos autores, não existe um estudo realizado com esse específico grupo. Ademais, este grupo está exposto a específicos tipos de fatores de risco que contribuem para a grande prevalência de dores de cabeça. O estudo transversal foi realizado na Universidade de Caxias do Sul (UCS) durante o ano de 2021. Foi desenvolvido e aplicado um questionário para os estudantes de diferentes cursos da Área de Vida para avaliar a prevalência de dor de cabeça entre os cursos, os potenciais fatores de risco associados e assim como eles impactam na capacidade funcional dos estudantes. O estudo foi enviado ao Comitê de Ética em Pesquisa da UCS e começou após a respectiva aprovação. Um total de 504 estudantes responderam o questionário de forma integral. Quando perguntados sobre ter dores de cabeça nos últimos 3 meses, 90,1% (n = 379/504) dos estudantes responderam positivamente. Desses, 83,5% (n = 379/454) eram do gênero feminino com média de idade de 23,8 (± 5.58) anos. De acordo com os respondedores, 39,6% (n = 180/454) não trabalham e 50% (227/454) estudam mais de 3 horas por dia durante dias da semana. Quanto ao cunho de atividade física, 30,2% (n = 137/454) responderam que fazem pelo menos 1 hora de exercícios por semana. Em relação à questão que abrange a escala ID-Migraine (escala validada internacionalmente) na qual descrevia sintomas de dor de cabeça, 86,6% (n = 303/350) referiram sentir náuseas ou indisposição, 82.9% (N = 290/350) referiram fotofobia e 92% (n = 322/350) referiram incapacidade funcional devido as dores de cabeça, acarretando dificuldade de realizar tarefas executivas. A prevalência de dor de cabeça entre estudantes da Área de Vida é maior do que comparada à literatura vigente. A população estudada utiliza medicação para a dor de cabeça apresentada. Não foi encontrada diferença significativa na capacidade funcional nas pessoas com dor de cabeça considerando o ano da graduação, horas de trabalho por dia, tempo disposto da universidade por semana e tempo disposto em exercícios físicos diários. Horas de estudo diárias foi um importante fator de risco para dor de cabeça.  

Palavras-chave: Cefaleia, Dor de cabeça, Estudantes da Área da Vida