Avaliação da interação entre monoterpenos e fungicidas sobre o Colletotrichum Acutatum

Autor(es): Ketlen Possa Tumelero , Fernando Joel Scariot, Ana Paula Longaray Delamare ,
Orientador: Sergio Echeverrigaray Laguna
Quantidade de visulizações: 382

INTERAÇÃO ENTRE MONOTERPENOS E FUNGICIDAS SOBRE O Colletotrichum acutatum
O gênero Colletotrichum inclui inúmeras espécies fitopatogênicas que infectam uma grande variedade de hospedeiros, são responsáveis pela podridão da uva madura em videiras e causa antracnose em outras plantas. Existem poucos produtos químicos eficazes disponíveis para controlar esses patógenos, além disso, existe a ameaça persistente de resistência a fungicidas, portanto, há necessidade de busca por métodos alternativos para o manejo da doença. Sendo assim, neste presente trabalho o objetivo foi apresentar a interação entre monoterpenos e fungicidas para o tratamento e controle de Colletotrichum acutatum, buscando desenvolver novos métodos alternativos de controle. Para tanto foi utilizado o fungo C. acutatum (A44/17), o fungo foi mantido em meio BDA até a realização dos ensaios. Inicialmente foi avaliado a interação entre os monoterpenos carvacrol, citral e timol e os fungicidas captan, mancozeb e tebuconazol sobre os conídios fúngicos.  Os conídios foram obtidos a partir de placas de C. acutatum e a quantidade de conídios foi ajustada para 1 x 106 conídios/mL. Após foi avaliado estas mesmas interações em sistema in vivo, sobre maçãs. Por fim foi avaliado a viabilidade dos conídios após tratamento com os monoterpenos e os fungicidas utilizando coloração com iodeto de propídio, avaliados por citometria de fluxo. Os resultados mostraram que as interações entre citral x captan apresentam efeito sinérgico aumentando a eficiência do controle fúngico em até 80% quando juntos. As interações entre citral x mancozeb e timol x mancozeb apresentaram efeito sinérgico em concentrações baixas. As outras interações não apresentam qualquer efeito sinérgico sobre o controle dos conídios de C. acutatum. As avaliações in vivo não mostraram efeito sobre o fungo quando as concentrações de monoterpenos e fungicidas utilizadas foram similares as concentrações testadas in vitro. As avaliações por citometria de fluxo mostrou que os fungicidas não causaram redução da viabilidade dos conídios fúngicos quando testados em concentrações de até 1.000 mg/L. Os tratamentos com citral causaram completa perda de viabilidade em concentrações a partir de 100 mg/L. O efeito sinérgico entre monoterpenos e fungicidas foi mostrado, entretanto as concentrações utilizadas nos ensaios in vivo e in vitro ainda precisam ser estabelecidas. 

Palavras-chave: Glomerella , Terpenos , Agroquímicos