Perfil de segurança de lipossomas contendo extrato aquoso liofilizado de Araucaria Angustifolia em células de cólon humano Caco-2

Autor(es): Amanda Pereira , Carina Cassini e Cátia dos Santos Branco ,
Orientador: Mirian Salvador
Quantidade de visulizações: 265

Perfil de segurança: lipossomas com extrato de Araucaria Angustifolia em Caco-2
Araucaria angustifolia é uma planta pertence à família Araucariaceae, e apresenta alto teor de compostos fenólicos. Em estudos prévios do nosso grupo, o extrato aquoso de brácteas de Araucaria.angustifolia (EAA) apresentou atividade preventiva e/ou terapêutica em sistemas biológicos. No entanto, apesar dos resultados promissores, os componentes de sua matriz química são instáveis nos fluidos do trato gastrointestinal e encapsulá-los em nanocarreadores é uma forma de contornar essas limitações. Em vista disso, este estudo teve como objetivo preparar e caracterizar lipossomas contendo EAA. Foi avaliado o potencial zeta, índice de polidispersão (PDI), tamanho de partícula e pH. Além disso, este estudo  avaliou a viabilidade celular, produção de espécies reativas de  oxigênio (ERO), genotoxicidade e níveis de óxido nítrico desses lipossomas contendo EAA em células de cólon humano (Caco-2).  Foram preparados lipossomas nas proporções 1:3, 1:5 e 1:7 (lipídios:EAA). O potencial zeta das amostras preparadas foi de -59,45 ± 6,7; -60,85 ± 2,2 e -61,6 ± 3,3 mV, para as formulações 1:3, 1:5 e 1:7, respectivamente. O PDI foi de 0,393 ± 0,18; 0,397± 0,07 e 0,395 ± 0,01mV, o tamanho de partícula 279,3 ± 145,4; 232,55 ± 75,3 e 182,65 ± 37,0 nm para as concentrações 1:3, 1:5 e 1:7, respectivamente. O pH  das formulações nas concentrações  1:3, 1:5 e 1:7 foi  5,50 ± 0,49; 5,57 ± 0,18 ; 5,72 ± 0,01 respectivamente. Os lipossomas 1:3 e 1:5  foram testados nas células, já que na  suspensão 1:7 houve formação de precipitado. Não foi observada  diminuição na sobrevivência das células após o tratamento com lipossomas contendo EAA em nenhuma das concentrações testadas. Em relação à produção de ERO, o tratamento com EAA livre levou a um aumento significativo na concentração de 600 ?g/mL, a mais alta testada, enquanto que o tratamento com lipossomas contendo EAA não levou a um aumento significativo de ERO. O tratamento com EAA livre ou lipossomas contendo extrato não induziu genotoxicidade nem aumento dos níveis de  óxido nítrico em nenhuma das concentrações testadas. Os resultados obtidos até o momento mostram que o nanossistema lipossoma, associado ao EAA não é citotóxico, genotóxico, não induz aumento de ERO ou de estresse nitrosativo nas doses avaliadas.

Palavras-chave: Compostos fenólicos, Lipossomas, Viabilidade celular