Autor(es): Rafael Sartori Flores , Weslei Santana, Muriel Becker Abreu, Diessy Kipper, Vagner Ricardo Lunge,
Orientador: André Felipe Streck
Quantidade de visulizações: 305
A parvovirose canina é uma infecção viral, provocada pelo parvovírus canino tipo 2 (CPV-2) e é mais prevalente em cães jovens (1-6 meses). Suas principais manifestações clínicas consistem em febre, gastroenterite, vômitos e hematoquezia. Apesar de ser prevenida por meio da vacinação, é frequentemente encontrada em cães sem histórico vacinal ou vacinação incompleta e apresenta uma elevada mortalidade. O objetivo do trabalho foi avaliar a prevalência de anticorpos contra o CPV-2 em uma população de 137 animais (119 cães e 18 gatos) com sintomas de gastroenterite, e por meio de reação em cadeia da polimerase (PCR), verificar a presença de CPV-2 em amostras de suabes retais coletados destes animais. Para a titulação de anticorpos, o soro utilizado foi obtido através de sangue total coletado por punção de veia jugular. Este, teve o sistema do complemento inativado por calor, e submetido a um ensaio de inibição da hemaglutinação (HI) utilizando hemácias suínas. Para a identificação de CPV-2, um ensaio de PCR foi utilizado a partir de suabe retal, com objetivo de amplificar uma região do gene VP2 (Proteína Viral 2) do capsídeo. Como resultados, dos 137 animais, 10 (7,29%) não apresentaram anticorpos detectáveis; 35 (25%) foram ainda considerado negativos por possuir títulos abaixo de 40, sendo eles: título 10 (n= 9; 6, 56%); 20 (n = 26; 18,97%). Foram observados 92 (67,15%) animais com títulos de anticorpos acima de 40, sendo eles: título 40 (n=35; 25,54%); 80 (n= 27; 19,70%); 160 (n=10; 7,29%); 320 (n=8; 5,83%); 640 (n=11; 8,02%); 1280 (n=1; 0,72%). Na PCR identificou-se 42 animais positivos (30,65%) para CPV-2, sendo destes, um felino, o qual foi sequenciado e identificado como vírus da panleucopenia felina. Dos 42 animais positivos, n= 22 (52,38%) apresentaram anticorpos <1:40, e sintomatologia agravada em comparação com os demais (>1:40) n= 20 (47,62%). Títulos > 1:40 são descritos como protetivos, porém, em fase aguda, o título pode oscilar, dependendo da resposta imunológica do paciente. Entretanto, pacientes com titulações < 1:40, podem estar mais vulneráveis. Em relação à população não portadora de CPV-2, a maioria mostrou-se imunocompetente e estava com o protocolo de vacinação completo, justificando a importância da imunização na prevenção desta virose.
Palavras-chave: CPV-2, Anticorpos, Parvovírus
