PERFIL FÍSICO-CLÍNICO DE PACIENTES COM PARALISIA CEREBRAL COM DIFERENTES GRAUS DE GMFCS DO LABORATÓRIO DE MARCHA DA UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL
Autor(es): Maria Laura da Silva , Helena do Canto Telles da Roza e Guilherme Auler Brodt,
Orientador: Guilherme Auler Brodt
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No laboratório de marcha do Centro clínico - Unidade de Medicina Esportiva da Universidade de Caxias do Sul (UCS) tem a rotina de realizar o exame físico-clínico completo em seus pacientes com paralisia cerebral. Até o momento, no seu banco de dados a UCS possui 279 pacientes que foram avaliados no laboratório de marcha entre os anos de 2014 até 2022. Esses dados foram obtidos durante o exame realizado por um clínico e passados para um laudo. O presente trabalho tem como principal objetivo descrever os resultados da avaliação física-clínica dos pacientes do laboratório e comparar esses resultados entre os diferentes graus de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS). Os 279 pacientes pacientes tiveram medidas suas características antropométricas: Idade, Massa, Estatura além dos exames físicos de amplitude de movimento de quadril, joelho e tornozelo. Além das medidas subjetivas de força, espasticidade e controle motor seletivo dos principais grupos musculares destas três articulações. Foi realizada a análise estatística de ANOVA de um fator entre os grupos de GMFCS 1 (completamente funcional) a 3 (pouco funcional) para comparar os desfechos de cada um dos desfechos avaliados. O perfil da amostra do presente estudo pode ser considerado homogêneo entre os grupos de GMFCS avaliados, uma vez que os três níveis apresentaram mesma idade, mesma massa e mesma estatura. Na avaliação física de movimento os diferentes níveis de GMFCS apresentaram os mesmos resultados no teste de Galeazzi, no ângulo de rotação interna de quadril, no ângulo de extensor lag, no ângulo de dorsiflexão com joelho estendido e no ângulo coxa-pé. Em todas as demais avaliações físicas de movimento GMCFS1 teve melhor resultado que GMFCS2 e 3. Pacientes GMFCS 1 apresentam maior força em todos os grupos musculares avaliados. Quanto a espasticidade, GMFCS1 apresenta menor espasticidade em todos os grupos musculares exceto em dorsiflexores e flexores plantares. O controle motor seletivo também é superior em GMFCS 1 esceto em adutores de quadril e dorsiflexores. Desta forma possível chegar a conclusão que pacientes PC com maior GMFCS apresentam menor amplitude de movimento nas articulações, além de menor força e controle motor e maior espasticidade muscular.
Palavras-chave: Biomecânica, Avaliação física, Paralisia Cerbral