Avaliação da atividade citotóxica na linhagem tumoral HCT-116 tratada com fração da própolis vermelha brasileira

Autor(es): Caroline Cioato Valim , João Antonio Pêgas Henriques, Bianca Tavares Canci e Caroline Oliveiri da Silva Frozza,
Orientador: Mariana Roesch Ely
Quantidade de visulizações: 286

AVALIACAO DA ATIVIDADE CITOTOXICA NA LINHAGEM TUMORAL HCT-116 TRATADA COM FRACAO DA PROPOL
O câncer colorretal é o terceiro tipo de neoplasia maligna mais prevalente no mundo, caracterizado como uma doença heterogênea, provocada por alterações genéticas, e ambientais. A utilização de recursos naturais como meios terapêuticos advém desde a antiguidade e a própolis vermelha, uma riqueza da diversidade brasileira, revela diversas atividades biológicas; uma delas é a atividade antitumoral. Este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade citotóxica da fração G da própolis vermelha brasileira, utilizando diferentes solventes sobre a linhagem celular de carcinoma colorretal (HCT-116), durante 24h e 72h. A fração foi ressuspendida em EtoH 50% (v/v) e DMSO 10% (v/v) e os tratamentos realizados em concentrações crescentes de 25 a 100 µg.mL-1. Etanol e DMSO foram utilizados como controle negativo nas concentrações de 3,5% e 0,5%, respectivamente. A viabilidade celular foi determinada pelo ensaio MTT e citometria de fluxo (7AAD) e a morfologia foi determinada por coloração de Giemsa. O IC50  encontrado em 24h de tratamento para ambos os solventes foi semelhante (88,03 ± 3,11 µg.mL-1 e 82,12 ± 4,89 µg.mL-1), no entanto, em 72h de exposição, este resultado foi significativamente menor (59,31 ± 1,37 µg.mL-1  e 33,50 ± 1,49 µg.mL-1), especialmente quando solubilizada em DMSO 10%. O teste em citometria de fluxo revelou, na concentração de 40 µg.mL-1 mais de 84% de morte celular em 72h de tratamento com alteração morfológica significativa neste tempo de tratamento, evidenciada por Giemsa. A ação citotóxica comprovada da própolis vermelha, em modelos celulares bidimensionais, em diferentes tipos de tumores, a torna um forte agente de pesquisa e, neste trabalho, podemos observar esta atividade no câncer colorretal, abrindo campo para mais estudos moleculares neste modelo.  

Palavras-chave: Própolis vermelha, Atividade Antitumoral, Câncer Colorretal