Autor(es): Carine Cristina Serafim Matos , Luciana Bavaresco Andrade Touguinha,
Orientador: Joséli Schwambach
Quantidade de visulizações: 335
Botrytis cinerea é um fungo cosmopolita capaz de atacar diferentes culturas agrícolas trazendo prejuízos econômicos na sua produção causando a doença chamada mofo cinzento. Seu controle é feito mais comumente com fungicidas sintéticos que devido a sua forma de manejo podem trazer prejuízos para saúde humana e ambiental. Desta forma buscam-se novos métodos de controle de fitopatógenos que podem incluir o uso de óleos essenciais (OEs) como biofungicidas. Estudos anteriores do grupo mostram atividade antifúngica de OE de
Lippia pusilla, porém pouco se sabe sobre a espécie. Com este trabalho, objetivou-se avaliar a ação antifúngica sobre
B. cinerea do OE de extraído de duas populações de
Lippia pusilla, uma de campo queimado e outra não queimado, sendo que para população de campo queimado foram aplicados dois métodos de extração do OE. Parte aérea de plantas de
L. pusilla foram coletados em maio de 2022 nos morros graníticos do Parque Natural Municipal Saint’Hilaire em Viamão e Porto Alegre – RS, onde ocorrem pesquisas científicas para esta espécie
in loco com campos de queima controlada. Foram coletadas plantas em uma área que sofreu queimada no ano anterior e plantas em área de campo nativo sem a ocorrência de queimada. As partes vegetais foram secas em estufa e as folhas do material oriundo de campo queimado foram utilizadas para extração por arraste à vapor e hidrodestilação e as de campo não queimado por hidrodestilação. As extrações geraram um rendimento de 1,7% para arraste a vapor e 1,7% para hidrodestilação com folhas do campo queimado, e 1,9% para a hidrodestilação do campo não queimado. Estes OEs foram utilizados para avaliar sua atividade contra o crescimento micelial de
B. cinerea in vitro. Para isso um plug de 8 mm obtido de uma colônia do fungo com 7 dias de desenvolvimento foi colocado em placa de Petri contendo meio batata dextrose agar com concentrações de 0; 0,125; 0,25 e 0,5 µL/mL de óleo essencial, utilizando 7 placas por tratamento. Os ensaios preliminares indicam que o OE das plantas oriundas de campo queimado e obtido por hidrodestilação apresenta maior potencial de controle inibindo o desenvolvimento do fungo a partir da concentração 0,25 µL/mL. Perspectivas futuras desta pesquisa incluem a caracterização do OE extraído e outros testes
in vitro para cada método de extração.
Palavras-chave: controle micelial, hidrodestilação, destilação por arraste à vapor