Tipos de agrotóxicos e cuidados no seu manejopor agricultores de alho e uva do município de São Marcos - RS

Autor(es): Eduarda Manuela Cavion
Orientador: Nilva Lúcia Rech Stédile
Quantidade de visulizações: 224

Levando-se em consideração a ampla utilização de agrotóxicos no contexto brasileiro, bem como os diversos riscos associados à saúde dos seres humanos e ambiente que estão em contato com este produto, é de suma importância realizar seu adequado armazenamento, atendendo ao disposto nas normas nacionais vigentes, segundo as condições de segurança indicadas para seu uso (LEÃES, 2021). Frente a esta problemática, este estudo apresenta o objetivo geral de investigar como os agricultores familiares do município de São Marcos, na Serra Gaúcha, realizam o armazenamento dos agrotóxicos utilizados. A metodologia delineada neste estudo se caracteriza como uma pesquisa documental e utiliza-se da base de dados oriunda do projeto intitulado: “O uso de agrotóxicos na agricultura familiar e suas implicações à saúde dos agricultores e à saúde ambiental”. Tal banco de dados foi organizado a partir de uma análise preliminar de entrevistas semiestruturadas concedidas por 142 agricultores familiares de alho e/ou uva, seguida pela identificação de informações pertinentes, análise, tratamento estatístico e interpretações destes dados parciais. Os resultados apontam para a utilização de quatro principais agrotóxicos utilizados pelos participantes da pesquisa, Dithane, Antracol, Cercobin e Glifosato. A toxidade dos referidos agrotóxicos foi reclassificada pela Anvisa (2019), respectivamente, em: produto improvável de causar dano agudo – faixa azul; produto pouco tóxico – faixa azul; produto improvável de causar dano agudo – faixa azul; produto improvável de causar dano agudo – faixa azul. Em relação ao local de armazenamento, os resultados, em sua maioria apontam que o espaço é ventilado (88,73%) e em menor incidência não é ventilado (10,48%). Cerca de 85,91% dos agricultores mantêm o local de armazenamento trancado, e 14,08% não o mantêm dessa forma, ao passo que 88,02% não mantêm acesso livre para animais e 93,66% dos agricultores não proporcionam acesso livre para crianças. Outros dados demonstram que 95,77% dos locais de armazenamento apresentam goteiras no telhado, 38,73% armazenam outro produto no local e 61,26% armazenam apenas agrotóxicos. 82,39% dos agricultores armazenam os agrotóxicos em locais afastados de suas residências e 16,9% o mantêm relativamente próximo. Os resultados também evidenciaram que a maioria dos locais de armazenamento não ficam próximos a rios (97,18%), poços (98,59%), açudes (92,25%) ou lagos (99,29%). Considerando que os agrotóxicos  são tóxicos para o organismo humano e meio ambiente e que existe um percentual de agricultores envolvidos constantemente no  manejo com estes produtos, infere-se que o risco desse processo é alto. Palavras-chave: Agricultura familiar; Uso de Agrotóxicos; Armazenamento de Agrotóxicos.

Palavras-chave: Agricultura familiar, Uso de agrotóxicos, Armazenamento de agrotóxicos