O perfil de pacientes que iniciam um programa de reabilitação cardíaca: observação de 15 anos de experiência

Autor(es): Pietro Maschio Lorenzi , Carolina Dalla Santa Dal Moro, Laura Lopes, Maria Theodora Sirtoli Marcondes, Samantha Lia Ziotti Bohn Gonçalves Soares, Thaís Hunoff Ribeiro, Tiago Hahn,
Orientador: Olga Sergueevna Tairova
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O perfil de pacientes que iniciam um programa de reabilitação cardíaca
 O programa de reabilitação cardiovascular (PRCV) é indispensável como prevenção secundária de eventos cardiovasculares e outras doenças degenerativas com benefícios já bem estabelecidos na literatura. Essa estratégia consiste na realização de exercícios físicos específicos supervisionados, com a finalidade de reduzir o risco cardiovascular e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. A constante análise dos pacientes presentes nestes programas é indispensável para evolução do serviço, com a identificação de possíveis recomendações gerais, específicas ou individualizadas. Foi analisado  o perfil dos pacientes que frequentaram um PRCV nos últimos 15 anos. Apresentamos o estudo transversal com análise de prontuários, entre março de 2019 e dezembro de 2020, de 524 pacientes que passaram pelo PRCV nos últimos 15 anos de uma instituição de ensino superior do Rio Grande do Sul. Os prontuários avaliados foram tanto de pacientes novos no serviço quanto de prontuários presentes no arquivo morto da instituição. Foram avaliados os seguintes dados: sexo, idade, IMC, presença de patologias cardiovasculares especificando-as, fatores sociais como tabagismo e etilismo e teste de esforço cardiopulmonar.  A  análise   do  dados  do grupo avaliado mostrou que,  a idade média dos pacientes foi de 60,31, o IMC médio de 28,53. Cerca de 62% eram homens.Observando suas patologias, 77% eram hipertensos, 29,5% eram diabéticos, 45% tiveram infarto agudo do miocárdio e 68% possuíam doença arterial coronariana. Apenas 4,6% tinham fibrilação atrial, 24% tinham insuficiência cardíaca, 13% tinham valvulopatias e 9,7% cardiomiopatias. Sobre questões de hábitos avaliadas, 19% eram tabagistas e 12% faziam uso de álcool. Ao exame de teste de esforço cardiopulmonar, as médias do pulso de O2 médio foi de 14,5, de VO2 pico foi de 17, da frequência cardíaca máxima foi de 127.  Então o estudo mostrou  que a maioria dos pacientes  que foram encaminhados para serviço de Reabilitação eram homens , hipertensos e coronariopatas. Além disso, o PRCV é indispensável para melhorar a forma física dos valvulopatas, pessoas com cardiomiopatias, com insuficiência cardíaca, e outras patologias. Entretanto, o número de pacientes com maus hábitos segue sendo expressivo. Dessa forma é de suma importância reforçar o vínculo dos pacientes aos programas de reabilitação e disponibilizar suporte multidisciplinar para mudanças de fatores de risco para descompensação de suas doenças.

Palavras-chave: Perfil, Reabilitação, Cardiovascular