AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DE LIPOSSOMAS E GÉIS HIDROFÍLICOS CONTENDO LIPOSSOMAS COM EXTRATO DE ARAUCARIA ANGUSTIFOLIA (EAA)

Autor(es): Valéria Pretti Schumann , Carina Cassini, Valéria Weiss Angeli,
Orientador: Cátia dos Santos Branco
Quantidade de visulizações: 243

Produção de géis hidrofílicos contendo extrato lipossomado de A. Angustifolia
A Araucaria angustifolia é uma espécie pertencente ao grupo gimnosperma cujos gametas femininos, quando fecundados, formam pinhões, e entremeadas a eles ficam as brácteas, que são os gametas não fertilizados. Essas brácteas não tem valor comercial e acabam sendo descartadas. O extrato aquoso das brácteas de A. angustifolia (EAA) é rico em compostos fenólicos, que são lábeis e pouco absorvíveis. Em vista disso, o objetivo deste trabalho foi  associar o EAA a sistemas lipossomados, visando aumentar a estabilidade dos compostos fenólicos do extrato e também, incorporar os lipossomas obtidos em um gel para aplicação cutânea. Os lipossomas foram preparados pelo método de hidratação do filme lipídico e foram caracterizados quanto ao diâmetro das partículas, o índice de polidispersividade (PdI) e a medida do potencial zeta (PZ), teor de compostos fenólicos totais (PT), eficiência de encapsulação (EE) e atividade antioxidante por meio do método de avaliação da capacidade de varredura do radical DPPH. As suspensões de lipossomas com e sem EAA foram incorporadas em gel de hidroxietilcelulose e os géis foram caracterizados quanto às características macroscópicas, pH, espalhabilidade,  centrifugação e teor de compostos fenólicos. No tempo zero, o PZ dos lipossomas contendo EAA foi de -55,2 mV; o tamanho de partícula foi de 271 nm, o PdI foi 0,4 e a EE foi de 71%.  O pH do gel (6,58 ± 0,04) diminuiu após a adição dos lipossomas per se (3,61 ± 0,03) e dos lipossomas contendo EAA (3,24 ± 0,03). O teste de espalhabilidade demonstrou que a presença dos lipossomas não alterou a espalhabilidade do gel de hidroxientilcelulose. Os resultados mostraram que a formulação lipossomal contendo EAA  extraída com etanol 96 e metanol obtiveram percentuais de PT de 48% e 40%, respectivamente, sendo considerado o etanol o  melhor solvente extrator nas condições testadas. A veiculação em lipossomas demonstrou ter eficácia na entrega do potencial antioxidante, porém a base galênica, os excipientes e o local de armazenamento devem ser estudados e escolhidos estrategicamente para evitar desestabilização e contaminação na formulação.

Palavras-chave: nanomedicina, extratos vegetais, bioatividade