Avaliação e comparação da funcionalidade de pacientes amputados transfemorais e transtibiais.

Autor(es): Júlia Garcia , Sayuri Lize, Letícia Weber,
Orientador: Raquel Saccani
Quantidade de visulizações: 198

Avaliação e comparação da funcionalidade entre pacientes amputados
A amputação de membros inferiores leva a uma deficiência permanente e traz inúmeras mudanças no estado de saúde, na função do indivíduo e na sua qualidade de vida. Diferentes variáveis podem influenciar na mobilidade e funcionalidade dos pacientes, sendo o nível de amputação um fator determinante para a capacidade funcional. A reabilitação desse público tem como principal meta a recuperação da mobilidade e a capacidade de adaptar-se em diferentes ambientes e situações e portanto, é importante avaliar e identificar as alterações funcionais do paciente amputado, pois facilitam inclusive, na escolha do dispositivo protético. O objetivo deste estudo foi avaliar a funcionalidade de pacientes amputados analisando as diferenças entre os níveis transtibiais e transfemorais. Trata-se de um estudo observacional, analítico, de caráter comparativo e abordagem transversal, com amostra de 24 indivíduos adultos e idosos de ambos os sexos, sendo 6 amputados do nível transtibial e 18 amputados do nível transfemoral unilaterais. Foram utilizados os seguintes instrumentos: questionário de identificação criado pelas pesquisadoras para caracterização da amostra, Amputee Mobility Predictor (AMP), Medida de Independência Funcional (MIF), Timed up and Go (TUG) e o Índice de Capacidade Locomotora (LCI). Foi utilizada estatística descritiva, teste t independente e o teste de Correlação de Pearson.  O nível de significância adotado foi p=0,05. O grupo transtibial apresentou melhor nível funcional em relação ao grupo transfemoral, além de que  pacientes protetizados apresentaram melhor desempenho do que os não protetizados. Entretanto, os dados de comparação entre os grupos apontam resultados significativos somente na Amputee Mobility Predictor (p= 0,03), sendo que a MIF não foi capaz de apontar diferenças entre os grupos(p= 0,10). Através do TUG e do LCI também pode-se perceber melhor desempenho dos pacientes transtibiais, embora sem diferenças significativas (p=0,30).  Este estudo constatou que o nível da amputação e a protetização interferem na funcionalidade do paciente. Ainda, a AMP foi o melhor preditor para o resultado da mobilidade. A atenção específica para a funcionalidade impacta diretamente na abordagem fisioterapêutica e na qualidade de vida dos indivíduos, possibilitando medidas interventivas mais específicas. 

Palavras-chave: Amputação, Reabilitação, Funcionalidade