Do grand tour ao Turismo contemporâneo: histeria, corpo e imagem.

Autor(es): Abner Nodari
Orientador: Luciene Jung de Campos
Quantidade de visulizações: 621

Esta proposta de pesquisa para iniciação científica integra o Projeto de Pesquisa “O sujeito e seus deslocamentos: conceitos em dispersão no discurso” (ADES), do Grupo de Pesquisa “ADesloucar-se! Coletivo de trabalho em Análise do Discurso, Turismo e...” (UCS/CNPq). O trabalho tem por objetivo discutir a relação entre a síndrome de Stendhal e a histeria a partir do grand tour, atividade que se desdobra na forma do turismo contemporânea. Nas interfaces da produção do conhecimento, o Turismo aproxima-se da psicanálise e da arte na tentativa de corporificar os conceitos de sujeito e de subjetividade. O dispositivo teórico-analítico-metodológico para essa abordagem é a Análise do Discurso pecheutiana. A partir disso, serão analisadas rememorações da experiência de êxtase estético estabelecendo-se vínculos entre a síndrome de Stendhal e as manifestações clínicas da histeria – do domínio médico ao meio de expressão do sublime. Portanto, nota-se uma fissura: nela, a diferença sexual implica em destinos opostos dados tanto ao masculino quanto ao feminino. Nesse sentido, a investigação em andamento aponta como resultados encontrados uma dicotomia: a apropriação do corpo feminino, a loucura e o aprisionamento (a Salpêtrière) de um lado  e, do outro, a contemplação estética do sublime, a viagem e o masculino (o grand tour). Assim, a dominação sexual de um gênero sobre o outro se desdobra nos acontecimentos contemporâneos e, ao mesmo tempo, apresenta-se enquanto pré-construído nas formas de se conceber as noções históricas e políticas dos sexos.

Palavras-chave: Histeria, Turismo, Feminilidade