Autor(es): Karen Dannenhauer
Orientador: Maria Luiza Cardinale Baptista
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A presente pesquisa tem como objetivo discutir o Turismo, relacionando-o aos movimentos sociais e à trama midiático-comunicacional, nas redes sociais online. Como objetivos específicos, pretende-se: discutir o turismo como trama complexa rizomática; relacionar Turismo e movimentos sociais e analisar essas relações em veiculações no YouTube. Esta pesquisa possui referencial teórico transdisciplinar, pautado especialmente nas proposições da Esquizoanálise, buscando trabalhar com Deleuze e Guattari (2010), Guattari e Rolnik (2000), Rolnik (1997a, 1997b, 1999, 2000 e 2019); no Turismo, com Baptista (2020), Beni e Moesch (2017); nas proposições de uma abordagem micropolítica dos movimentos sociais, com Guattari (1985 e 2002), Guattari e Rolnik (2000) e Rolnik (2006 e 2019); e nas Relações Públicas ‘na contramão’, com Peruzzo (1986). A estratégia metodológica é qualitativa processual e rizomática, intitulada Cartografia dos Saberes (BAPTISTA, 2014), que vem sendo trabalhada no Amorcomtur! Grupo de Estudos em Comunicação, Turismo, Amorosidade e Autopoiese (CNPq/UCS). A Cartografia de Saberes organiza-se a partir de quatro trilhas: Saberes Pessoais, Saberes Teóricos, Usina de Produção e Dimensão Intuitiva da Pesquisa. Como resultados parciais, pode-se observar que a Esquizoanálise possui potência para pensar e repensar o Turismo, como fenômeno rizomático desterritorializante. No Amorcomtur!, percebemos o Turismo como um fenômeno produtor de subjetividades, a partir de processos de subjetivação. O Turismo é percebido de forma relacionada com os movimentos sociais, já que os integrantes desses movimentos com frequência se deslocam e utilizam os serviços do universo turístico. Além da abordagem teórica, foram observadas veiculações no YouTube, no período de 2016 a 2021, relativas aos sujeitos dos seguintes movimentos: LGBTQIA+, indígenas e negros. Constatou-se que algumas narrativas dos próprios sujeitos que compõem as minorias sociais, em específico os dos LGBTQIA+, são marcadas pela subjetividade capitalística. Apesar disso, é evidente a contribuição das mesmas às discussões e problemáticas que envolvem esses sujeitos, que são explorados e oprimidos por este sistema. Essas narrativas, inclusive quando atreladas ao Turismo, fazem a diferença, pois contribuem para a compreensão de pautas e temas tão significativos para as minorias sociais, como os LGBTQIA+, indígenas e negros.
Palavras-chave: Turismo, Movimentos sociais, trama midiático-comunicacional