Pós-história e Biopolítica

Autor(es): Gabriel Conci da Silva
Orientador: André Brayner de Farias
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A Biopolítica no Debate Pós-colonial
Com a problemática dos avanços tecnológicos aparelhísticos que permeiam o dia a dia de todos, surge o estudo filosófico de uma nova classe de objetos que reinam sobre nossas liberdades individuais, as caixas pretas, que em novo contexto histórico, modificam e contam a história da humanidade sob o programa inicial do ocidente. Pós-história é conceito do filósofo Vilém Flusser, dentro do qual é apresentado um novo contexto histórico caracterizado pela utilização de programas inseridos em aparelhos indecifráveis, que possuem como função a interação humana para mecanizar e tornar dócil o funcionário que utiliza aparelhos em sua vida. A partir destes conceitos, são re-analisados eventos históricos a partir de uma ótica programática e essencialmente ocidental para compreender o estado atual do reconhecimento e interação humana dentro de uma sociedade extremamente administrada e docilizada. É explorado em conjunto com a realidade pós-histórica, a conjuntura biopolítica, de controle populacional que Foucault sinalizava em seus livros. Para sedimentar os conhecimentos adquiridos a partir dos textos de Vilém Flusser, Michel Foucault e outros filósofos-historiadores da contemporaneidade, são realizados encontros semanais onde os temas são debatidos para posterior produção de artigos baseados nos temas apresentados pelos autores acima citados. Os resultados parciais obtidos trazem a luz a convergência entre o viés pós-histórico de Flusser e a análise biopolítica de Foucault: o mundo dominado e codificado por programas e aparelhos (pós-história) resulta na objetificação da vida, configurando o prognóstico de Foucault sobre a sociedade vigiada (panóptica), ou seja, um mundo onde a condição política está reduzida ao controle dos processos vitais (biopolítica).     

Palavras-chave: Pós-história, Biopolítica, Objetificação da vida