Autor(es): Deivid Camazzola da Silva , Bianca Breda, Luiza Grazziotin, Morgana Vigolo,
Orientador: Vania Elisabete Schneider
Quantidade de visulizações: 766
A busca pela redução das emissões de gases do efeito estufa (GEE) cresce nos últimos anos, à medida que seus impactos se tornam cada vez mais evidentes. O principal deles é o aquecimento global, que vem sendo acelerado pelas ações antrópicas devido, principalmente, desenvolvimento das cadeias produtivas as quais emitem GEE direta e indiretamente. Neste sentido, justifica-se a necessidade de mitigá-las e, o primeiro passo para isso, é identificar suas fontes dentro de cada processo de produção. Dessa forma, o setor vitivinícola, expressivo no sul do Brasil, apresenta-se com atividade potencilamente importante dentro desse cenário e deve buscar formas de reduzir os impactos nas suas atividades para o desenvolvimento do seu produto. Sendo assim, este trabalho objetiva identificar as fontes e quantificar as emissões de GEE da unidade da Vinícola Salton S.A. localizada em Santana do Livramento - RS no ano de 2020, bem como as emissões e remoções de gases de efeitos estufa que ocorre dentro dos seus limites operacionais. Os dados para cálculo foram fornecidos pela empresa a partir de levantamentos internos. O tratamento dessas informações combinou regimentos normativos internacionais de relato de emissões de GEE, baseados na metodologia de quantificação do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), com a adaptação de métodos de cálculo da literatura relacionada ao tema, a qual destaca-se o GHG Protocol. Uma das singularidades da empresa é a existência de uma extensa área de vinhedo que contribui para emissões de GEE, mas que também atua diretamente no sequestro de carbono da atmosfera, incorporando CO
2 pela videira. Observam-se também emissões decorrentes da utilização de fertilizantes nas atividades agrícolas, depósito de material orgânico no solo e a fermentação do mosto no processo industrial. Destacam-se as emissões da categoria de “combustão móvel”, especialmente as relacionadas à combustão de veículos e equipamentos, na qual utiliza-se gasolina e diesel, combustíveis fósseis de alta emissão carbônica. Outro destaque é a grande parcela de área com vegetação nativa do Bioma Pampa, superior a 400 hectares, a qual apresentou potencial significativo de remoção de dióxido de carbono. Logo, espera-se obter ao final deste estudo uma parcela bastante superior de CO
2 removido em relação ao emitido. Esse resultado será uma importante ferramenta na gestão das ações de cunho sustentável da empresa.
Palavras-chave: CO2e, Produção vitivinícola, Emissão de Gases do Efeito Estufa