Mudanças de uso e cobertura do solo e seus impactos no turismo de natureza
Autor(es): Daniela Züehl , Geise Macedo dos Santos,
Orientador: Gisele Cemin
Quantidade de visulizações: 581
Os Campos de Altitude, localizados na região nordeste do Rio Grande do Sul, compõem um ecossistema associado ao Bioma Mata Atlântica. Ao longo das últimas décadas, observou-se que as pressões antrópicas afetaram negativamente a paisagem natural. As áreas que preservam a cobertura vegetal natural estão localizadas em Unidades de Conservação (UCs) Federais e estas são caracterizadas por sua biodiversidade e endemismo, além de ser o principal destaque turístico da região. Assim, este trabalho tem como objetivo compreender a dinâmica espaço-temporal dos Campos de Altitude no Rio Grande do Sul por meio do uso de dados de sensoriamento remoto e Sistemas de Informação Geográfica (SIGs). Para atingir o objetivo proposto, foram elaborados mapas de uso e cobertura do solo a partir de imagens do satélite Landsat 5 e 8 utilizando o algoritmo supervisionado de Máxima Verossimilhança Gaussiana presente no software IDRISI, elencando-se as seguintes classes: mata nativa, área urbana, campestre, agricultura, solo exposto, nuvens e corpos d’água. Como resultado, verificou-se a conversão da paisagem natural em usos antrópicos, principalmente a transição da classe referente a vegetação campestre para agricultura. Essa redução de áreas naturais impacta o turismo pois na maioria das vezes é justamente por conta de pontos turísticos naturais, como parques ecológicos, cânions e cachoeiras que os visitantes escolhem seu destino. Além de que, caso estas mudanças de uso e cobertura de solo não possuam o gerenciamento correto, isso pode alterar gravemente o equilíbrio ambiental do ecossistema, provocando a perda da biodiversidade animal e vegetal ou então, instabilizando processos naturais (erosões, desertificações, inundações). Dessa forma, este estudo pode ser utilizado para a gestão de recursos naturais, tal como a tomada de decisões relacionadas ao meio ambiente. Estas ações responsáveis podem ser revertidas em benefícios econômicos e sociais para a região, além de consolidar o turismo na mesma.
Palavras-chave: Turismo, Unidades de Conservação, Sensoriamento remoto