Definição da metodologia de quantificação de emissão de gases de efeito estufa de uma vinícola situada em Bento Gonçalves/RS
Autor(es): Morgana Vigolo , Bianca Breda, Deivid Camazzola, Luiza Grazziotim,
Orientador: Vania Elisabete Schneider
Quantidade de visulizações: 646
A indústria vinícola é um segmento bastante expressivo na Serra Gaúcha, em especial no município de Bento Gonçalves, onde encontra-se a vinícola de estudo. Entretanto, além de impulsionar a economia local pode também contribuir para o aumento das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e consequentemente para a intensificação do aquecimento global. Com vistas em compreender seu perfil de emissões a Vinícola Salton S.A, em parceria com a Universidade de Caxias do Sul, está elaborando o Inventário Corporativo de GEE referente ao ano de 2020. Esta ferramenta possibilita o mapeamento das fontes de emissão e suas respectivas quantificações, dando embasamento para a definição de estratégias e metas de mitigação e compensação. Logo, o objetivo deste estudo é apresentar a metodologia desenvolvida para quantificação das emissões de GEE da unidade de negócio matriz da Vinícola Salton S.A, que realiza a elaboração de vinhos, sucos de uva integral e chás. Para tanto, realizou-se uma revisão das normas técnicas aplicáveis, bem como bibliografias especializadas e ferramentas consolidadas, avaliando-se quais eram compatíveis com as fontes emissão identificadas na organização. De modo geral, a quantificação foi realizada em duas etapas: na primeira, os dados de atividade foram convertidos em emissões ou remoções de GEE, enquanto na segunda foi considerado o Potencial de Aquecimento Global, a fim de avaliar o impacto climático identificado em toneladas de CO2 equivalente. Em relação a primeira, considerando que a vinícola optou por reportar além das emissões diretas (Escopo 1) e indiretas de energia (Escopo 2), que são obrigatórias, também algumas emissões indiretas específicas (Escopo 3), os métodos aplicados foram: cálculo por fator de emissão documentados utilizando a ferramenta disponibilizada pelo Programa Brasileiro GHG Protocol, e para as atividades mais específicas da vinícola empregou-se o cálculo com base em dados estequiométricos específicos do processo. Na segunda etapa também se utilizou a ferramenta do GHG Protocol, a qual considera os fatores estabelecidos pelo IPCC. No que tange ao sumidouro de vegetação nativa remanescente pertencente à vinícola, utilizou-se os fatores de conversão definidos por um estudo cientifico relativo aos estoques de carbono na Mata Atlântica. O inventário encontra-se em andamento e resultará na quantificação de emissões e captura de CO2 equivalente, possibilitando a tomada de decisões em relação às principais fontes emissoras.
Palavras-chave: Gases de efeito estufa, Vinícola , Aquecimento Global