Autor(es): Carolina de Quadros dos Santos , Sofia Toss Germano, Vivian Bonfadini, Nicole Paim, Raquel Saccani,
Orientador: Leandro Viçosa Bonetti
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A gravidez consiste em um processo fisiológico natural compreendido por uma sequência de adaptações do corpo da mulher após a fertilização. Entre as adaptações do sistema musculoesquelético, destacam-se as alterações na marcha, que estão relacionadas ao aumento de peso que ocorre principalmente no final da gestação. Entretanto, durante o período gestacional também podem ocorrer alterações cognitivas, que são evidenciadas por um declínio cognitivo, o chamado “cérebro de bebê”, que pode causar problemas de memória, dificuldades de leitura, confusão, desorientação, falta de concentração, aumento da distração, déficits nas funções executivas e na atenção. No entanto, a literatura científica não apresenta estudos que tenham investigado como os possíveis declínios cognitivos podem influenciar ainda mais a locomoção de mulheres grávidas. Para avaliar as influências da função cognitiva na locomoção, o paradigma da dupla tarefa (DT) é o método mais indicado, definido como a realização simultânea de duas tarefas que tenham objetivos diferentes. Verificar se a realização de atividades cognitivas durante a locomoção, ou seja, a realização de atividades DT, interferem nos parâmetros cinemáticos da marcha de gestantes.Vinte e quatro mulheres, divididas em grupo gestante e grupo não-gestante, fizeram parte da amostra. Primeiramente, foram realizadas as tarefas simples (TSs) da marcha, tarefa aritmética de subtração, de fluência verbal e de leitura no telefone celular foram realizadas. Após, foram realizadas as atividades de DT, sendo a marcha executada simultaneamente a cada uma das tarefas cognitivas. As variáveis da marcha analisadas foram velocidade, cadência, comprimento da passada, largura do passo e tempo da passada. Para as interações entre as tarefas e entre os grupos, foi utilizado ANOVA mista, seguido do pós-hoc de Tukey, e o nível de significância adotado foi p<0,05. Nas comparações entre as tarefas, ambos os grupos não demonstraram alterações estatisticamente significativas da marcha quando comparada a TS da marcha com as DTs. Também não foram encontradas diferenças significativas da marcha na comparação entre os grupos. A não influência das DTs na marcha das gestantes se justifica pela pequena quantidade destas (apenas duas) estarem no terceiro trimestre gestacional, período em que ocorrem as mais significativas alterações cognitivas e que poderiam interferir na marcha dessa população. Palavras-chaves: gestantes, marcha, cognição.
Palavras-chave: Gestantes, Marcha, Cognição