Análise do desempenho funcional da articulação do tornozelo de jovens atletas de voleibol

Autor(es): Matheus Pauletti Cecconi , Guilherme Faria Balbinot,Elias Franzoi Eberle, Bruna Nicole Suzin, Milena Rayane Ferreira, Gerson Saciloto Tadiello,
Orientador: Leandro Viçosa Bonetti
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O voleibol é a segunda modalidade esportiva mais praticada no Brasil e a quinta no mundo. Por ser um esporte complexo, exige o desenvolvimento de diversas capacidades e habilidades motoras, principalmente movimentos ágeis como salto, aterrissagens precisas e mudanças de direção repentinas.Porém, o voleibol está fortemente relacionado a um risco elevado de lesões musculoesqueléticas e as entorses do tornozelo por inversão são as mais comuns. Essa lesão normalmente resultará em uma maior instabilidade funcional, alterando a sensibilidade dos proprioceptores na região, portanto, requerendo uma maior atenção devido à alta probabilidade de lesões repetitivas. Devido a isso, a avaliação funcional da articulação do tornozelo é de extrema importância, pois permitem observar as alterações na funcionalidade através da reprodução precisa ou aproximada dos gestos esportivos com intuito diagnóstico e preventivo. Dentre os testes mais populares para a avaliação do tornozelo está o Lunge Test (avalia a amplitude de movimento de dorsiflexão) e o Y Balance Test (YBT) (avalia a estabilidade e função dos membros inferiores). O objetivo do presente trabalho é avaliar o desempenho funcional da articulação do tornozelo de jovens atletas de voleibol. Dezessete atletas da categoria sub-18 de voleibolmasculino da Universidade de Caxias do Sul foram avaliadas.Para a avaliação do desempenho funcional da articulação do tornozelo destes atletas, foram utilizados o Lunge Test e o YBT. O teste t pareado foi utilizado para a comparação entre os membros e o teste tpara uma amostra foi utilizado para comparar os valores médios da pontuação composta do YBT com o valor normativo de referência. Foi considerado o nível de significância de p<0,05. Os resultados não demonstraram diferenças estatisticamente significativas entre os membros, tanto na análise do Lunge Test como do YBT. Entretanto, a pontuação composta de ambos os membros, membro dominante (78,34%) e membro não dominante (78,47%) apresentaram-se significativamente inferiores aos 94% sugeridos pela literatura (p<0,05). A diminuição da amplitude de movimento da articulação do tornozelo, observada pelos baixos valores da pontuação composta do YBT, indica que estes atletas estão mais vulneráveis a lesões na articulação do tornozelo; além de influenciarem negativamentena performance das atletas.

Palavras-chave: Voleibol, Desempenho físico funcional , Lesões em atletas