CONTROLE DE ANTRACNOSE NO PÓS-COLHEITA DE MORANGO COM USO DE ÓLEO ESSENCIAL DE Eucalyptus staigeriana

Autor(es): Patrícia Debortoli dos Santos , Luciana Bavaresco Andrade Touguinha,
Orientador: Joséli Schwambach
Quantidade de visulizações: 1142

Controle de Antracnose no Pós-colheita de Morango com Uso de Óleo Essencial de Eucalyptus
A cultura do morango é afetada por diversas doenças, dentre as quais está a antracnose, causada pelo fungo Colletotrichum acutatum. O controle deste fitopatógeno pode ser realizado através do controle cultural, biológico e sintético, sendo o último o mais utilizado. Porém, não há produtos registrados para o uso em pós-colheita e torna-se necessário a busca por uma estratégia de controle que permita manter a sanidade da fruta neste estágio. O objetivo deste estudo foi avaliar a ação fungicida do óleo essencial (OE) de Eucalyptus staigeriana em ensaios in vitro e in vivo contra o fungo Colletotrichum acutatum. Para os ensaios o isolado do fitopatógeno foi cultivado em meio BDA por 14 dias em câmara de cultivo a 25ºC com fotoperíodo de 12h, e o OE foi emulsionado com Tween 20 (1:1). Para avaliar o crescimento micelial, o OE emulsionado foi adicionado ao meio de cultura BDA nas concentrações de de 0; 0,06; 0,12; 0,25 e 0,37 µL.mL-1. Essa emulsão foi vertida em placas de Petri de 9 cm (ø) e um disco de micélio de 0,8 mm do fitopatógeno foi transferido para o centro da placa com cinco repetições por tratamento. O crescimento micelial foi avaliado no 3º, 5º, 7º, 10º e 14º dia pela medida do diâmetro da colônia (cm). Como resultado foi verificada atividade fungicida apenas na concentração de 0,37 µL.mL-1. Na germinação de conídios, a solução de conídios (1 x 106 conídio/mL) do fitopatógeno foi adicionada ao meio BD em microtubos de 1,5 mL com a presença de OE emulsionado nas concentrações de 0; 0,06; 0,12; 0,25 e 0,37 µL.mL-1, e cinco repetições por tratamento. A avaliação foi realizada 20h depois e a germinação de conídios diminuiu significativamente ou foi completamente inibida nas concentrações de OE de 0,25 e 0,37 µL.mL-1, respectivamente. Para avaliar a capacidade de controlar a antracnose em morango for realizado teste in vivo com morango das variedades ‘Albion’ e ‘San Andreas’. O teste foi constituído de um controle com água, tratamento patógeno (inoculado com solução de conídios), e os tratamentos com OE na concentração de 0.37 µL.mL-1 aplicado de forma preventiva (24h antes do inóculo do patógeno) e curativa (4h depois do inóculo do patógeno), e cada tratamento contou com 12 morangos. Os dois tratamentos com OE foram capazes de controlar o desenvolvimento da doença independentemente da variedade de morango. Desta forma o uso de OE de E. staigeriana se mostra promissor para controle da antracnose na cultura do morango.

Palavras-chave: Colletotrichum acutatum, Atividade fungicida, Eucalyptus staigeriana