A influência da obesidade nos pacientes internados com COVID-19 entre as diferentes unidades federativas do Brasil.
Autor(es): Sabrina Gabriele Dani , Fernanda Pessi de Abreu, Pedro Lenz Casa, Marcos Vinícius Rossetto, Ivaine Tais Sauthier Sarto, Heloísa Theodoro, Scheila de Avila e Silva,
Orientador: Daniel Luis Notari
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A doença causada pelo coronavírus (COVID-19) foi identificada pela primeira vez na província de Wuhan, na China, em dezembro de 2019. Desde então, por ser uma doença viral de fácil contágio, sua disseminação ocorreu rapidamente. As manifestações clínicas são variadas, existindo uma associação dos casos mais graves da doença com fatores de risco, como a obesidade. Nesse sentido, este trabalho possui como objetivo comparar a influência do fator de risco obesidade nos pacientes internados com COVID-19 entre as diferentes unidades federativas do Brasil. Os dados atualizados até março de 2021 sobre COVID-19 no Brasil foram obtidos do repositório de dados públicos OpenDataSUS. Além disso, foram selecionados somente os dados dos pacientes internados, que obtiveram o diagnóstico por COVID-19, e o fator de risco selecionado para análise foi a obesidade. Em seguida, foi aplicado o teste estatístico qui-quadrado de Mantel-Haenszel, que realiza uma associação ponderada entre variáveis nominais. No total, obteve-se mais de 1.2 milhão de casos da doença, dos quais 470 mil registros eram de pacientes com informação sobre a obesidade e foram utilizados para as análises. Na região Norte do país, os estados que apresentaram maiores diferenças para outras unidades federativas foram Rondônia e Pará. Esses apresentaram diferença estatisticamente significante com 25 e 23 estados, respectivamente. Por outro lado, na região Norte também estão contidos os estados com menores diferenças entre as outras unidades federativas, sendo esses Roraima, Acre e Amapá e, com significância para 3, 4 e 5 estados. Outras localidades que possuem estados com elevada diferença foram as regiões Nordeste e Sudeste; para a primeira, o Maranhão apresentou diferença de outras 23 unidades federativas, enquanto para a segunda, o Rio de Janeiro e Espírito Santo tiveram significância de 24 e 21 estados. Conforme analisado neste estudo, a obesidade em pacientes internados é um fator que pode ser considerado determinante e que apresenta peculiaridades para cada estado. A identificação de variáveis, como a obesidade, que sofrem influência da região geográfica são importantes para compreensão das especificidades da COVID-19 e podem auxiliar na tomada de decisão para políticas públicas de saúde.
Palavras-chave: Fatores de risco, COVID-19, Obesidade